Maurice, de James Ivory
Por Pedro Fernandes O filme é de 1987; é uma adaptação de Maurice , de E. M. Forster e um dos que revelaram para o cinema o ator Hugh Grant, que dividiu o prêmio de Melhor Ator no Festival de Veneza, no ano seguinte. Talvez seja clichê dizer que estamos diante de uma narrativa sobre os limites do amor, sua existência e a superação deles. Maurice, depois de apresentado por Risley para participar de um dos clubes privados de discussões muito comuns nas universidades europeias de meados do século XIX, se aproxima de Clive Durham. A princípio, os dois desenvolvem uma amizade fora do comum; das amizades em que ambos são capazes de alterar suas rotinas e planos do dia para estarem juntos. A intimidade dos dois chega ao limite de se perceberem que, mais que a amizade, há entre os dois uma natureza variada de sentimentos, como desejo, paixão, amor carnal. Nesse instante instala-se o drama: a atitude de Maurice em assumir seu amor por Clive, o repúdio de Clive e depois a assunção