Construções do feminino na poesia inicial de Vinicius de Moraes
Por Denise Akemi Hibarino
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Casamento de Vinicius de Moraes com a atriz do Cinema Novo baiano Gesse Gessy em 1973, na Bahia, num ritual de candomblé no qual Jorge Amado foi testemunha. Os dois já haviam se casado em 1970 no Uruguai. Agora, muitos anos depois a própria Gesse desmente o ritual: "Foi um casamento cigano. Disseram que era candomblé, mas não procuraram saber. Cortamos os pulsos e cruzamos nossos sangues" - disse em entrevista recente ao Correio do Brasil. |
Considerações iniciais
Ao
situar Vinicius de Moraes no cenário da literatura brasileira, vemos um poeta
que se destacou pelos sonetos à mulher amada, pelo seu trabalho como cronista e
dramaturgo (Hibarino, 2004). Sua vida
e seus amores tiveram uma dimensão quase igual ou maior do que o alcance de sua
obra. Desta forma, a imagem que se faz de Vinicius é a do homem apaixonado que
se casou nove vezes, teve inúmeras amantes e fez de todas as mulheres sua
inspiração poética.
Consequentemente,
escrever sobre Vinicius sem mencionar a importância da mulher é desconsiderar a
força que o movia, tanto em sua vida, quanto em sua obra. Tal fato faz com que
a crítica literária e os leitores criassem o mito do poeta eternamente
apaixonado, confundindo vida com obra literária.
José
Castello (1999), em extensa biografia sobre Vinicius, afirma que o poeta “viveu
– e escreveu – para romper a fronteira ilusória que separa vida da imaginação.”
(Castello, 1999, p.11). De fato, as fronteiras entre vida e ficção parecem não
existir para aquele que não teve medo de expor sua vida, seus amores e seus
medos. Vinicius chegou a afirmar que: “A poesia é tão vital para mim que chega
a ser o retrato de minha vida. Portanto, julgar minha poesia seria julgar minha
vida. E eu me considero tão imperfeito.” (Castello, 1999, p.17). Aqui, ele corrobora
com a ideia de Benedetto Croce de que o poeta é a sua própria poesia, algo que
soa ultrapassado na leitura de poesia moderna para a qual a biografia deixou de
ser elemento central.
Na
crítica literária, por exemplo, o poeta e escritor Carlos Felipe Moisés afirma
que Vinicius foi “um eterno apaixonado à procura do ‘Supremo Impossível’,
o amor absoluto e a mulher ideal ansiosamente buscados em todas as mulheres.”
(Moisés, 1980, p.5) Já Wilson Martins, por sua vez, nos fornece uma crítica
mais apurada. Ele não deixa de reconhecer Vinicius de Moraes como mestre do
soneto e um poeta romântico morto jovem, mas critica a ênfase dada à relação
entre biografia e obra poética. Segundo o crítico, a glória que se criou em torno
de Vinicius é exemplo de “um conjunto de mal-entendidos que se acumulam
em torno de um nome. Nesse caso, como em todos os outros, o dever da crítica é
desfazê-los e não perpetuá-los, pois as verdades aceitas são, por definição, as que mais necessitam de
releitura.” (Martins, 1998)
Com
muita propriedade, Martins nos faz pensar como tomamos por verdade as
informações sem refletirmos criticamente se elas realmente são válidas ou
não. Mais importante ainda, é necessário
considerar outras alternativas de leitura sobre a obra de um poeta cuja
produção inicial, denominada de poesia do sublime, é pouquíssimo aprofundada no
círculo literário. Portanto, ao escolher a perspectiva dos Estudos Femininos,
este artigo busca mostrar as possibilidades poéticas de representação do
feminino nos poemas “Romanza”, “A volta da mulher
morena” e “Ariana, a mulher” sem se restringir aos aspectos biográficos e
perceber de que forma o feminino aparece no imaginário do poeta. E, no caso de
Vinicius de Moraes, é preciso dar uma nova interpretação a uma poesia fadada ao
esquecimento e menosprezada pela crítica literária.
Vinicius de Moraes e Maria Lúcia Proença, sua quarta companheira |
Quem são elas de quem o poeta tanto
fala?
Pois não vivi eu também todos esses anos à espera de
descobrir a outra face desse ser a um tempo real e distante, misterioso e
claro, luminoso e indevassável que se chama Mulher?
Vinicius de Moraes, citado por Castello (1999, p.211)
Enquanto
objetos de inspiração do fazer poético, as mulheres sempre foram objetos dos
desejos masculinos e estiveram presentes no papel de musa, heroína ou vilã, mas
nunca como protagonistas de sua própria história. Deste modo, ao analisar a história da
humanidade, percebe-se que ela nos é contada a partir de uma perspectiva
masculina e foi a partir deste olhar que a história das mulheres se fez. Assim,
há uma história contada sobre elas mas não por elas mesmas, ou seja, um
“ventriloquismo patriarcal” – termo usado por Toril Moi em Sexual
textual politics – no qual
os homens falaram por elas e em nome delas. O passado nos mostra mulheres
submetidas aos únicos papéis que lhes eram possíveis: o de mãe, o de esposa
dedicada ou de religiosa, pois a sociedade patriarcal não lhes oferecia outra
saída. Qualquer tentativa de reivindicação por maiores direitos por parte das
mulheres era logo abafado, ignorado ou era motivo de chacota masculina.
De
uma forma geral, o homem é visto como ligado ao espírito, ao racional enquanto
a mulher está relacionada à natureza, à matéria, à carne e ao lado irracional.
Nesta polarização, já citada por Simone de Beauvoir, a mulher é em grande parte
uma invenção do homem, o Outro por quem ele projetou seus próprios desejos. Para
Beauvoir, a figura feminina possui um caráter ambíguo: “a mulher é, a um tempo,
Eva e Virgem Maria”, “ora aliada, ora inimiga, apresenta-se como o caos
tenebroso de que surde a vida, como essa vida, e como o além para o qual tende:
a mulher resume a Natureza como Mãe, Esposa e Idéia. Essas figuras ora se confundem, ora se opõem, e cada uma delas
tem dupla face.” (Beauvoir, 1980, p.183-184)
Segundo a
autora, há na ambiguidade da figura feminina a unidade formadora do ser, pois a
própria relação do homem com a mulher faz-se de forma ambígua também. Desta
forma, o homem projeta na mulher tudo o que ele deseja e teme, o que ele ama e detesta ao mesmo tempo e que não há
nenhuma figura feminina que não seja suscetível de resumir as instáveis
aspirações dos homens.
Boas ou
más, santas como Maria ou pecadoras como Eva, estas imagens maniqueístas de
representação do feminino existem desde a Idade Média nas figuras de anjo e
monstro, período de maior poder da igreja
e no qual a palavra pertencia aos “clérigos, homens de religião e
de Igreja que governavam o escrito,
transmitiam os conhecimentos, comunicavam a seu tempo, e para além dos séculos,
o que se devia pensar das mulheres.”(Duby e Perrot, 1990, p.33.) É também nesse período que as figuras de Maria
e Eva, isto é, o anjo e o monstro ou a santa e a pecadora, foram difundidas em pinturas
como forma de ensinar o povo analfabeto a noção de pureza e pecado.
Esta
dualidade da representação feminina que permeia a literatura ocidental também
se faz presente nos poemas do sublime de Vinicius de Mores. Nos poemas
brevemente analisados veremos como as imagens são construídas por um
sujeito lírico dividido, vivendo um constante conflito religioso: a escolha
entre uma vida casta e a entrega aos
prazeres da carne. Esta afirmação pode soar estranha para o leitor que conhece
os sonetos e as canções do músico e compositor, mas é importante ressaltar que
Vinicius de Moraes surgiu na década de 1930, na chamada reação espiritualista
dos anos 30 cuja reivindicação era que “a literatura devia tratar de temas
essenciais e elevados” (Lafetá, 1974, p.23).
O
feminino, nesta poesia, aparece como angústia, tentação e sofrimento, de
um “eu” ainda em busca por um sentido na
vida. Por exemplo, o poema “Romanza” fala
da busca do eu-lírico por um ser feminino idealizado mas distante, efêmero e
envolto em luz (Branca mulher de olhos
claros/ De olhar branco e luminoso/ Que tinhas luz nas pupilas/ E luz nos cabelos
louros). Este ser, caracterizado primeiramente por adjetivos que remetem
sempre à claridade, como a cor branca
dos olhos, o louro dos cabelos e a
moradia branca, é construído a partir de um olhar hipnotizado pela imagem de um
sonho iluminado, alvo de seu sofrimento. O sofrimento, que advém de uma relação
platônica, da impossibilidade do encontro com esta mulher inapreensível,
imprime um sentimento de angústia que frustra o leitor que espera do título do
poema uma possível história amorosa.
Na
verdade, o poema mostra a ausência de uma união amorosa ou a
não-correspondência dela, pela perspectiva do sujeito lírico que, quanto mais a
deseja e a persegue, menos a tem. Esta
mulher misteriosa e solitária transformada em sonho surge na noite (Toda a noite em minha casa/ Passavas na
caminhada/ Eu te esperava e seguia/...), período de mistério que desperta o
desejo carnal, palco desta procura incessante. Nesta atmosfera em que desejo e angústia
andam juntos, a mulher que surge em forma de sonho e envolta em misticismo
lembra as figuras femininas presentes na poesia simbolista brasileira, como em
Alphonsus de Guimaraens e Cruz e Sousa.
Iludido
pela luz, o sujeito do poema é compelido a ir buscar nesta luminosidade a
transcendência. Existe, porém um elemento perturbador. Do anseio de estar com ela, a única resposta dada ao sujeito lírico
é a destruição deste sonho. Destruir este sonho significa a entrega ao desejo
amoroso e, portanto, a impossibilidade de transcendência. Embora ansioso por
tê-la, o desejo transforma-se em temor,
uma vez que a entrega ao
desejo desfaz a possibilidade de
ascensão divina.
Ao mesmo
tempo representando a possibilidade de transcendência e de imanência, como já
afirmou antes Beauvoir, a figura feminina torna-se ambígua. A possibilidade de
transcendência e as características angelicais conferem-lhe um aspecto santo,
ao mesmo tempo em que leva o eu-lírico a cair em tentação a caracteriza
negativamente como demônio. De santa à pecadora, a figura feminina do poema
está vinculada à concepção feminina da Idade Média.
A negatividade feminina aparece
com mais nitidez no poema “A volta da mulher morena”, no qual vemos
outra possibilidade de construção do feminino.
O poema é tomado pelo tom de pregação religiosa e gira em torno de uma figura feminina
causadora de tormento e do desejo proibido de um eu devoto a Deus. Assim como Eva,
a mulher morena aparece como fonte de perdição. Cogitar entregar-se aos seus
encantos – à sexualidade – significa o desvio do caminho divino, ou seja, viver
no pecado, na maldição, na impureza.
Nota-se o sofrimento de um “eu” o que se debate entre rendição aos
prazeres da carne e uma vida casta, pedindo então o esfacelamento da figura
tentadora.
Percebe-se
também a adjetivação utilizada pelo eu-lírico: mulher morena. A tonalidade morena remete ao escurecer, ao mistério da
noite, período em que a libido é despertada. O título do poema é composto pelo
substantivo volta que tem o sentido
de regresso. Logo, a mulher morena é figura perturbadora que fascina o eu-lírico no período noturno,
fazendo que com que ele peça a destruição gradual desta mulher de forma
imperativa (cegai, cortai, traze-me,
salva-me, livra-me, reza) aos seus possíveis interlocutores – tu (segunda
pessoa do singular ) e vós (segunda pessoa do plural).
Como se
ainda não fosse suficiente, também pede ajuda a três outras presenças femininas
que se contrapõem à imagem da mulher morena: dirige-se primeiro à jovem
camponesa que o namora de longe, pois
ela é portadora de vestes mais castas e, portanto, associada à pureza. Depois implora à aventureira do Rio da Vida e à
branca avozinha dos caminhos – novamente associada à pureza – para que o desvencilhe desse grande prazer que a
mulher morena proporciona.
As
imagens do corpo feminino são carregadas de fortes impressões sensoriais e
sensualismo intenso: os olhos que envolvem, os lábios maduros,
úmidos e inquietos, os peitos que sufocam
à noite, os braços lassos que são
como raízes recendendo resina fresca
e como dois silêncios que o paralisam mostrando uma força quase incontrolável
agindo sobre ele (Costa, 1998).
Impregnada
pela negatividade que atrai o sujeito do poema, a mulher morena hipnotiza o
eu-lírico de forma que todas as partes
abominadas do corpo tornam-se centro de atração, isto é, a
personificação do pecado. O sentido de negatividade presente nos poemas é
invertido: ao invés de provocar o distanciamento do sujeito lírico,
transforma-se em encanto, fascínio, algo do qual ele não consegue se
desvencilhar.
Por outro
lado, “Ariana, a mulher”, nos mostra
relação do eu-lírico com o feminino. A
Ariana do título é o ser divinizado, puro,
que está acima das pessoas comuns (COSTA, 1998, p.56) e força vital que move o
mundo. Elevada ao mesmo nível de Deus (“E
compreendi que só onde cabia Deus cabia Ariana”), ela é definida como a “A branca amada salva das águas e a quem fora
prometido o trono do mundo”. É
relevante nesta descrição o fato de que ela é figura única e absoluta que
contém em si todas as figuras femininas que povoam o imaginário do poeta: “Ariana, a mulher – a mãe, a filha, a esposa,
a noiva, a bem-amada!”.
A
figura feminina também tem nome relacionado à condição de pureza e esta nomeação é significativa, pois é último poema da fase inicial de Vinicius que culmina com a sintetização do ser
feminino, como se todas as figuras femininas dos poemas anteriores fossem os degraus de uma escalada amorosa superados a fim de
encontrar o ser ideal e a plenitude. Depois de passar pela figura inapreensível
de “Romanza”, decretar o fim do desejo
em “A volta da mulher morena”, Ariana é aquela a quem o poeta, mesmo
não a tendo para si, doa o seu amor e sua alma e sabe que sua onipresença
preenche o vazio da vida. Ela surge depois do caos em que se encontrava o
sujeito do poema e o sentimento harmonioso
entre alma e corpo do final do poema sugere a volta à ordem, à realidade
anterior à reviravolta.
Vinicius de Moraes e Gilda Mattoso, a última das nove companheiras. |
Considerações
finais
Apesar
de toda a mitificação em torno de Vinicius como o poeta que mais exacerbou seu
amor pelas mulheres, sua poesia parece um tanto esquecida no mundo acadêmico
conforme afirma Marcelo Sandmann,
professor de literatura na Universidade Federal do Paraná: “No mundo acadêmico,
não vejo muita gente interessada em estudar Vinicius hoje em dia. Acaba sendo
um nome entre outros.” (apud Fernandes, 2003).
Todavia,
a obra de Vinicius de Moraes torna-se objeto de interesse ao notar que é
justamente na sua poesia inicial que aparecem as primeiras representações do
feminino na forma de figuras etéreas,
distantes e inatingíveis, como as santas, as bem-amadas e as pecadoras que mais
tarde deram lugar a mulheres do cotidiano, mais sensuais e não mais idealizadas
pela condição de pureza, como Ariana. Quem lê a obra de Vinicius de trás para
frente, talvez não reconheça o mesmo poeta dos poemas iniciais (Hibarino,
2004).
Na fase posterior
de Vinicius é notória a mudança de uma
poesia espiritualista ou metafísica para
uma poesia do cotidiano. A representação
do ser feminino nesta segunda fase já
não é mais baseada na dualidade anjo-monstro ou somente na divinização de um
ser superior. Há uma libertação desta dualidade e a mulher é representada de
forma mais erótica, menos transcendental. Segundo Otto Lara Resende, nesta
segunda parte da produção poética há, de fato,
a encarnação da mulher que “já
não é mais uma transfiguração perturbadora e etérea, espécie de fantasma
inexistente de um castelo que também não existe. A mulher agora
é gente, vai ser companheira e amiga” (Moraes, 1998, p.87). As representações do feminino começam a dar lugar as
mulheres do povo pelas quais o poeta devota o seu amor e entrega-se à
paixão.
É possível fazer
várias leituras desta fase inicial de Vinicius de Moraes, mas não se pode
afirmar que ele estivesse preocupado em reproduzir ou questionar estereótipos
femininos em sua poesia, uma vez que é impossível ler o que se passa na mente
de um poeta ou saber de suas intenções no ato de escrever. É
preferível ver estes poemas como um exercício poético que ajudaram o poeta a
definir mais tarde sua visão sobre a figura feminina e também como
possibilidades poéticas de representação do feminino sem restringir a análise
aos aspectos biográficos e autobiográficos. Mais importante do que isso, é
também perceber como o feminino aparece no imaginário do poeta, dando uma nova
interpretação a uma poesia lida unicamente pela perspectiva do “poeta
eternamente apaixonado.”
Referências
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Simone. O segundo sexo. Rio de
Janeiro: Nova Fronteira, 1949.
CASTELLO,
José. Vinicius de Moraes: o poeta da
paixão. 2 ed. São Paulo: Cia das Letras, 1999.
COSTA,
Édison José da. Um canto à vida ou
o percurso poético de Vinícius de Moraes. Curitiba, 1998. 182 f .
Tese (Concurso de professor titular na
área de Literatura Brasileira e Teoria da Literatura) - Setor de Ciências
Humanas, Letras e Artes, Universidade Federal do Paraná.
DUBY, Georges e PERROT, Michelle. A história das mulheres: Idade Média.
Porto: Aprofundamento, 1990
FARIA,
Otávio de. Dois poetas. Rio de Janeiro: Ariel, 1935.
FERNANDES,
José Carlos. A poesia não está morta. Gazeta
do Povo, Curitiba, 19 de out. 2003.
HIBARINO,
Denise Akemi. “Pela luz dos olhos meus,
pela luz dos olhos teus”: a representação feminina na poesia do sublime de
Vinicius de Moraes. Curitiba, 2004. 129 f. Dissertação (Requisito parcial
para obtenção do grau de mestre em Estudos Literários) - Setor de Ciências
Humanas, Letras e Artes,Universidade Federal do Paraná.
LAFETÁ,
João Luis. 1930: a crítica e o
modernismo. São Paulo: Duas cidades, 1974.
MOI,
Toril. Sexual textual politics: feminist literary theory. London:Routledge,1985.
MOISÉS,
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São Paulo: Abril Educação, 1980. p.92.
MORAES,
Vinicius de. Antologia poética. 25
ed. Rio de Janeiro: José Olympio,1984.
MORAES, Vinicius de.
Poesia completa e prosa. Rio de
Janeiro: Nova Aguilar, 1998.
* Texto
adaptado da dissertação de mestrado “Pela luz dos olhos meus, pela luz dos olhos teus”: a representação feminina na
poesia do sublime de Vinicius de Moraes (2004).
** Denise possui graduação em
Letras-Inglês pela Universidade Federal do Paraná (2001) e mestrado em Estudos
Literários pela mesma instituição (2004).
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