Boletim Letras 360º #35
Vinicius de Moraes num breve pause da leitura de si para um foto. |
Extensa e intensa semana! Tudo por Vinicius de Moraes que
inteira justo hoje seu primeiro centenário. Tudo o que dissemos por aqui e nas
redes sociais do Letras é, evidente, insuficiente. Mas ainda sairão coisas
adiante sobre o poeta que redefiniu o diminutivo de poetinha. Estivemos em três
lugares da sua obra: a poesia, a crônica e o teatro. Três lugares de extensa significação
para a literatura nacional, porque em todos eles, Vinicius imprimiu uma marca
única; nalguns casos, como na música, retirando o Brasil da periferia do mundo:
basta repetir aqui que “Garota de Ipanema” é a quinta canção mais executada no
mundo. Entre Vinicius e outros autores passemos ao que foi notícia pela linha
do tempo em nossa página no Facebook:
Segunda-feira, 14/10
>>> Brasil: A
arca de Noé relançada
Pode-se dizer que A
arca de Noé foi o primeiro sucesso póstumo de Vinicius de Moraes. O LP com
as canções do livro publicado ainda na década de 1970 foi um dos elementos que
elevaram os poemas ao gosto popular a partir do lançamento, em 1980, mesmo ano
em que Vinicius de Moraes morreu. Agora, uma turma de nomes da música
brasileira se reúnem para uma revisitação ao universo criado pelo poeta: Chico
Buarque, Arnaldo Antunes, Erasmo Carlos, Marisa Monte, Zeca Pagodinho, Maria
Bethânia, Gal Costa, entre outros, regravam sucessos como “A casa”, “O pato”,
“A formiga”... E inclui-se uma faixa inédita, “O elefantinho”, gravada por
Adriana Partimpim, codinome infantil criado por Adriana Calcanhotto.
>>> Portugal: Editora divulga o lançamento do
próximo livro de Gonçalo M. Tavares
Chama-se Atlas do corpo e da imaginação
e chega às livrarias em Portugal no dia 29 de outubro. Apresentado como um
livro que atravessa a literatura, o pensamento e as artes passando pela imagem
e por temas como os da identidade, tecnologia; morte e ligações amorosas;
cidade, racionalidade e loucura, alimentação e desejo, etc., o novo título de
Tavares é composto por centenas de fragmentos que definem um itinerário no meio
da confusão do mundo, discurso acompanhado por imagens de Os Espacialistas,
grupo de artistas plásticos. "É um livro para ler e para ser visto e
é também, de certa maneira, uma narrativa – com imagens que cruzam, com o texto,
os temas centrais da modernidade" – define a Editora Caminho. Gonçalo
M. Tavares revisita ainda a obra de alguns dos mais importantes pensadores
contemporâneos, partindo de Bachelard e Wittgenstein, passando depois por
Foucault, Hannah Arendt, Roland Barthes, mas também por escritores como
Vergílio Ferreira, Llansol ou Clarice Lispector, entre muitos outros.
>>> Estados Unidos: Van Gogh copia Van Gogh
É a proposta da exposição Repetições aberta no último dia 12 em Washington, Estados Unidos.
Em mostra treze trabalhos de Vicent Vang Gogh em que pintor copiou a si
próprio. “As versões distintas de uma mesma obra demonstram como Van Gogh
não era apenas um homem atormentado, mas também um artista que olhava cada
quadro com os olhos de um estudante, de um estudante que aprende de si mesmo” –
diz Dorothy Kosinski, diretora do museu The Phillips Collection, onde está
alojada a exposição. A coleção ora exibida é resultado de um trabalho de
recuperação que durou cerca de oito anos, período em que se juntou pinturas
provenientes de diversos lugares dos Estados Unidos e do mundo, principalmente
de coleções do MoMA, do Museu de Arte de Cleveland, Museu de Arte da Filadélfia
e Museu d’Orsay, em Paris. As análises dos treze exemplares em exposição foram
feitas por uma equipe de restauradores com a ajuda de radiografias e imagens
digitais de alta resolução. Van Gogh começou a fazer distintas versões de suas
composições em 1884; em “Répétitions”, o pintor chegou a fazer mais de 20
versões distintas em tecidos sobre tela e cópias em papel. Esta atividade
continuou sendo feita ao longo de sua trajetória artística. A exposição
está aberta ao público até o dia 26 de janeiro de 2014 quando seguirá para
Cleveland, onde deverá inaugurar uma nova temporada já na primeira semana de
março.
>>> Inglaterra: O erotismo de uma era das mais
recatadas
Os quadros mais emblemáticos da pintura inglesa do século
XIX é motivo de uma exposição intitulada “Desejo e voluptuosidade na época
vitoriana”. Composta de uma impressionante coleção do milionário mexicano
Juan Antonio Pérez Simón, a mostra está aberta ao público até o dia 20 de
janeiro de 2014 e reúne trabalhos de artistas contemporâneos ao período da
rainha Vitória – de Lawrence Alma-Tadema a Edward Coley Burne-Jones, passando
por Lord Frederic Leighton, e Albert J. Moore. A mostra que reúne as tentativas
de burlar o puritanismo inglês do período está em Paris e depois deve seguir
para Londres, Roma e Madri.
Terça-feira, 15/10
>>> Brasil: Sétima companheira de Vinicius de
Moraes se prepara para lançamento de livro sobre a vida do poeta
Gessy Gesse foi casada com Vinicius de Moraes por sete anos,
a partir de 1969. Hoje, aos 74 anos, prepara-se para o lançamento de um livro, previsto
para o próximo dia 20, em que conta esse período que esteve ao lado do poeta.
Uma das revelações diz respeito à celebração em Salvador divulgada como um
casamento no candomblé. Segundo Gesse o que se passou “foi um casamento cigano.
Disseram que era candomblé, mas não procuraram saber. Cortamos os pulsos e
cruzamos nossos sangues.” – revela numa recente entrevista para o jornal Correio Brasiliense.
>>> Estados Unidos: Uma exposição que quer revelar
a alma de Edgar Allan Poe
Foi inaugurada no The Morgan Library & Museum, em Nova
York, a exposição Edgar Allan Poe: terror
of soul, que propõe uma leitura sobre o escritor a partir de livros,
manuscritos originais, cartas e outros materiais. Entre os tesouros da mostra
destaque para as cópias do primeiro livro, Tamerlane and Other Poems, e a
primeira edição de O corvo, publicada no Evening Mirror entre anúncios de facas
e sapatos. A exposição dedica ainda uma parte aos escritores admiradores da
obra de Poe, desde Dickens, Oscar Wilde, Robert Louis Stevenson, Arthur Conan
Doyle, Stephen King, HP Lovecraft a Vladimir Nabokov, quem em seu escrito
inacabado Lolita reconhece que sua
dívida ao poema “Annabel Lee”, um poema do escritor estadunidense.
>>> Brasil: Novos livros de Alice Munro chegam em
breve
Vencedora do Prêmio Nobel de Literatura neste ano, Alice
Munro terá várias obras publicadas no Brasil em breve. A Companhia das
Letras antecipou o lançamento de Dear
life, seu último livro, para novembro. A previsão inicial era 2014. Já
a Globo Livros prevê para dezembro a reedição do livro de contos Ódio, amizade, namoro e casamento,
publicado originalmente em 2004, pelo selo Biblioteca Azul. No ano que vem, a
editora lançará Selected stories
(1996), Runaway (2004) e The View of Castle Rock (2006). Entre as
obras de Alice já editadas no Brasil estão Fugitiva,
de 2006, e Felicidade demais, de
2010, e O amor de uma boa mulher, em
maio deste ano. Todos pela Companhia das Letras. Em junho, a autora anunciou
que se aposentaria após a publicação de seu mais recente livro. Os quatro
últimos contos de Dear life são
autobiográficos, experiência inédita na vasta carreira literária da escritora.
>>> Portugal: O Livro
do desassossego em formato de hipertexto
O anúncio foi feito pela Universidade de Coimbra responsável
pelo projeto. O Arquivo Digital do Livro do Desassossego será composto de
fac-símiles com os cerca de 700 fragmentos do livro de Bernardo Soares/
Fernando Pessoa e as principais edições portuguesas publicadas entre 1982 e
2010: por Jacinto Prado Coelho (1982), Teresa Sobral Cunha (1990), Richard
Zenith (1998) e a mais recente, por Jerónimo Pizarro (2010). Com versões da
interface em português, inglês e espanhol, «o objetivo é fazer deste arquivo o
principal instrumento no mundo para estudar o "Livro do Desassossego"
e criar uma forte relação entre os estudos literários e a computação, apontando
caminhos de investigação para as humanidades digitais, uma área de estudo em
crescente desenvolvimento", sintetiza o comunicado.
Quarta-feira, 16/10
>>> Argentina: Vinicius de Moraes inédito e uma
exposição porvir
Quando se envolveu com a argentina Marta Rodriguez, Vinicius
teve a ideia de escrever uma peça de teatro. Isso depois que Marta lhe contou
uma passagem ocorrida na faculdade e depois te terem assistido ao filme Os boas vidas, de Federico Fellini.
Batizado de “La Plaza” o texto reúne dois desocupados que fazem uma aposta para
ver quem ganha dinheiro mais rápido. É este texto, até então tido como inédito,
que em breve será transformado em livro. “Na cabeça de Vinicius, os detalhes da
segunda parte não estavam fechados. Acho que deve dar uma hora de encenação”,
diz Marta. O texto foi batido em uma máquina Olivetti que o poeta carregava
consigo. Ela agora conseguiu o aval da família para findar o texto de dá-lo a
conhecer. Divorciada de um segundo casamento, com um médico portenho, Marta
firmou ainda parceria com a artista plástica Renata Schussheim para a execução
de uma mostra fotográfica com material inédito colhido por ela durante o casamento
com Vinicius. A exposição Vinicius… Saravá!
tomará o Centro Cultural Recoleta, em Buenos Aires, a partir de novembro deste
ano, até fevereiro de 2014.
>>> Inglaterra: Eleanor Catton, a vencedora do Man
Booker Prize
O mais importante prêmio da literatura inglesa novamente
surpreendeu as expectativas: foi para a escritora mais jovem a receber a
honraria. Eleanor Catton tem 28 anos. A boa notícia para os
brasileiros que ainda não têm contato com a obra da jovem: o romance com o qual
Eleanor concorreu prêmio, The Luminaries
será lançado por aqui já em 2014, pela Globo Livros.
>>> Paulo Leminski proibido
O beabá das biografias chegou a Paulo Leminski; a febre em
torno do poeta depois da edição de Toda
poesia seguido de Vida era um dos
motivos para ser reeditada a biografia feita por Toninho Vaz Paulo Leminski – o bandido que sabia
latim, publicado pela primeira vez em 2001 pela Editora Record. Não deu;
pelo menos por enquanto: os familiares do curitibano comunicaram à editora que
não autorizam a reedição por causa "do enfoque depreciativo à imagem do
retratado e seus familiares". Outra biografia barrada foi a que vinha
sendo escrita pelo paranaense Domingos Pellegrini. Vencedor de seis prêmios
Jabuti e autor de mais de 30 obras, ele decidiu lançar um livro em que narra
episódios que viveu com Paulo Leminski. Novamente a família não deixou.
Pellegrini então jogou tudo na web; depois escreveu um e-mail ao Supremo
Tribunal Federal informando de sua decisão: "Sou escritor e acabo de
colocar na internet, para divulgação e reprodução gratuitas permitidas, o livro
inédito em anexo, Passeando por Paulo Leminski, pois a família herdeira não
autorizou sua publicação impressa". Depois disso houve interesse da
família de Leminski desde que fossem alteradas algumas partes. "Resolvi
colocar tudo na internet, está lá. Não lutei contra a ditadura para enfrentar
censura agora. Leminski é um patrimônio público, não pode ser cerceado nem por
sua família." – diz Pellegrini.
>>> Paulo Leminski proibido (não):
As herdeiras que cuidam do espólio de Leminski divulgaram
uma extensa correspondência nas redes sociais em que esclarecem os motivos das intervenções
sobre as duas edições: sobre o O Bandido
que Sabia Latim – “Toninho Vaz já havia assinado o contrato com a editora
assumindo a responsabilidade de possuir autorização para a publicação de todo
conteúdo da obra e chegou a receber um adiantamento da editora, o qual teve que
ser devolvido por descumprimento de cláusula contratual. Quando o escritor
ofereceu a obra à Nossa Cultura seria para uma reedição sem alteração do
conteúdo já publicado. Porém, na fase de revisão, Toninho Vaz solicitou que um
parágrafo fosse incluído no livro e foi quando a editora nos procurou para
informar da modificação na obra original. O ‘novo trecho’ tratava do
detalhamento das condições da morte (suicídio) do irmão de Paulo, Pedro
Leminski, fato que, acreditamos, não contribui para elucidar a personalidade e
obra do biografado. Além disto, não concordamos com a atitude de explorar fatos
trágicos. Foi quando, então, diante destes dois episódios que desrespeitam
nosso direito de sermos consultadas em qualquer projeto ligado ao Paulo
Leminski que venham a prover lucro a terceiros, que decidimos não assinar a
autorização à publicação da obra. Isto aconteceu em junho de 2013, no entanto,
somente no início de outubro tornou-se público quando Toninho Vaz passou a
noticiar à imprensa a não-autorização, omitindo parte dos acontecimentos como a
inclusão de novo trecho na obra”.
Sobre Passeando por
Paulo Leminski, de Domingos Pellegrini – “em decorrência do distrato da
editora Nossa Cultura com Toninho Vaz no afã de haver mais relatos sobre Paulo
Leminski, propusemos para o escritor Domingos Pellegrini criar uma nova
biografia. Mas no meio do processo, Pellegrini recuou e rompeu o acordo com a
editora. Dois meses depois, fomos informadas pela editora Record que ele havia
iniciado um outro livro, de relatos, o qual recebemos para análise em meados de
julho de 2013 – época que coincidiu com o a montagem da exposição Múltiplo Leminski, em Foz do Iguaçu.
Nossa ‘relativa’ demora em responder Pellegrini sobre a obra recebida fez com
que ele nos ameaçasse causando um constrangimento e, ao único movimento que
Alice fez para conversar sobre o livro.” Pelligrini não teria respondido ao
contato que Alice Ruiz enviara com os seguintes termos: “A ênfase no álcool, sua leitura de uma ‘precariedade’ de bens em nossa casa
(você nunca ouviu falar em contra-cultura?) as observações exageradas sobre
‘falta de banho’, que corresponde a um período de maiores excessos, mas que foi
superada, enfim, tudo isso serve para criar uma imagem bem negativa do Paulo em
contraponto à sua, que aparece como O interlocutor por excelência e cheio das
qualidades que supostamente ‘faltavam’ a ele. (…) Achamos – nós três – que se
você estiver disposto a ‘ressuscitar’ o Dinho, aquele cara que era amigo do
Paulo, deixando o ego de lado, e revendo essas questões, o livro merece ser
publicado. Caso contrário, não poderemos autorizar, nem a publicação das
imagens e nem a publicação dos inúmeros textos dele. (...)”.
>>> Paulo Leminski proibido on-line
A versão de Pellegrini enviada por e-mail: “Em junho fui
convidado pela Editora Nossa Cultura para escrever biografia de Leminski, de
quem fui amigo. O editor me afirmou que fui escolhido de comum acordo por ele e
pelas herdeiras de Leminski, com quem seriam divididos os direitos autorais e a
quem os originais seriam submetidos. Inicialmente aceitei, honrado, mas logo me
dei conta de que a tarefa me privaria de duas condições essenciais para uma
escrita criativa condizente com Leminski, a paixão e a liberdade. Além disso,
já havia uma biografia sua, e eu teria ou de sugar informações dela ou buscar
penosamente novas informações talvez não tão relevantes ou interessantes.
Assim, resolvi desistir da empreitada antes de assinar contrato - mas continuei
a ter lembranças de Leminski, tantas que resolvi escrever não exatamente uma
biografia, mas uma mistura de minhas memórias com ele e necessárias observações
críticas. Escrevi em poucas semanas, apaixonado, e a Editora Record se
interessou em publicar - desde que com autorização das herdeiras, pois, sem
isso, toda editora brasileira hoje teme ter prejuízo com a publicação embargada
judicialmente. Como as herdeiras negaram autorização, resolvi colocar o livro
na internet, esperando honrar a memória e a obra de meu amigo. E desde já
autorizo que o livro seja reproduzido e divulgado de qualquer forma.” Afim de "contribuir
para que o Brasil não seja o país das biografias chapa-branca” o texto se
tornou uma viral eletrônica e pode ser baixado aqui.
>>> França: A primeira animação
O primeiro desenho animado considerado por muitos
historiadores de cinema data de 1908 e foi produzido por Émile Cohl. Fantasmagorie é um dos primeiros
exemplos de animação desenhada à mão. A animação foi elaborada em papel e
depois gravada em negativo. Os historiadores compreendem que o filme recebeu
esse título em referência ao "fantasmograph", uma variante da
lanterna mágica que projetava imagens fantasmagóricas para paredes circundantes
meados do século XIX. Veja o filme no nosso Canal no Youtube.
Quinta-feira, 17/10
>>> Espanha: Clarice Lispector para espanhol ver
Desde que aportou na Espanha a literatura de Clarice tem
sido motivo de comentários e de leituras diversas naquele país. Numa nova
empreitada se publica, agora, uma coleção repaginada – a Biblioteca Lispector.
Reúnem-se aí 19 títulos traduzidos ao espanhol pela editorial Siruela e que
chega às livrarias ainda neste mês. A coleção abarca amplamente a obra da
autora mais estudada por aqui (8.000 teses, segundo as contas do jornal El País) e fora (3.000, segundo o mesmo
jornal), depois de Machado de Assis. É destaque na coleção a coletânea de
cartas trocadas entre Clarice e a irmã.
>>> Brasil: Divulgação dos ganhadores do Prêmio
Jabuti 2013
Para muito críticos o Prêmio se renovou mesmo tendo cometido
algumas mancadas ainda. Ganharam Evandro Affonso Ferreira pelo romance O mendigo que sabia de cor os adágios de
Erasmo de Rotterdam, Ademir Assunção pelo livro de poesia A voz do ventríloquo, Sérgio Sant’ana
por Páginas sem glória (ops! Erico
Veríssimo por Diálogos impossíveis. Um
dos contos do livro do Sérgio já havia sido publicado numa outra antologia e o
regulamento do prêmio prima por textos publicados pela primeira vez). Melhor
livro infantil para Socorro Acioli por Ela
tem olhos de céu; melhor juvenil para Aldri Anunciação por Namíbia não!; crítica literária para Luiz
da Costa Lima, A ficção e o poema; melhor
tradução para Caetano Galindo por Ulysses.
A lista completa pode ser lida aqui.
>>> Brasil: Natal se prepara para mais uma edição
da Feira de livros e quadrinhos
O evento acontece no largo da Universidade Federal do Rio
Grande do Norte (Lagoa Nova) e recebe intensa programação: palestras, oficinas,
exposições, lançamento de livros... Destaque para as presenças de Diva Cunha,
José Castello e Maurício de Sousa. A terceira edição da FLIQ, evento que
integra o Circuito Potiguar Do Livro. Ocorre entre os dias 22 e 25 de
outubro. Todas as informações sobre o evento podem ser obtidas aqui.
>>> Brasil: Tezza autopublicado e o anúncio da
Amazon envolvendo a obra de 10 escritores brasileiros
Na semana em que a gigante Amazon anunciou que vai traduzir
para o inglês a obra de dez autores brasileiros, Cristovão Tezza (que é um
dos nomes incluídos nesse anúncio) disponibilizou por conta própria alguns
títulos seus já algum tempo fora de catálogo. A autopublicação inclui o seu
estudo do mestrado publicado como Entre a
prosa e poesia, e dois romances, Ensaio
da paixão e A suavidade do vento. Além
de Tezza, no anúncio da Amazon estão nomes como Luiz Ruffato, Ivana Arruda
Leite, Ana Paula Maia e Eliane Brum, entre outros.
Sexta-feira, 18/10/13
>>> Brasil: Inéditos de Thiago de Mello por
publicar
No alto dos seus 87 anos, o poeta amazonense se prepara para
lançar no primeiro semestre de 2014 pela Global, Ajuste de contas; "Se eu não deixar alguns dormindo, vão
beirar uns cem poemas", avisa Thiago. Os poemas foram escritos
durante as várias viagens que ele fez: Chile, Bolívia, Peru, ilha de Páscoa,
Portugal, França, Alemanha, Espanha e pela Amazônia, onde mora desde que
retornou do exílio, em outubro de 1977.
>>> Brasil: Cartas
à Ophélia, de Fernando Pessoa
Foi este ano que uma edição luxuosa preparada pela Editora
Capivara e organizada pelo pessoano Richard Zenith foi publicada no Brasil.
Agora, a Globo Livros volta à mesma cena e edita Cartas à Ophélia com prefácio de Antonio Tabucchi. Na
sinopse de apresentação do livro a epistolografia de Pessoa é comparada outras
criações do gênero, como as cartas trocadas por Franz Kafka e sua noiva, Felice
Bauer: "ambos, Kafka e Pessoa, foram burocratas medíocres, que consumiram
a vida no processo monomaníaco de encontrar o sumo da existência, transmutada
na obra (talvez não fosse de todo incorreto afirmar que, para Pessoa e Kafka,
parodiando os versos do primeiro, escrever é preciso, viver não é preciso),
ambos vivendo paixões fadadas ao fracasso, repletas de extremado apego e de
obsessões neuróticas". Em maio falamos sobre a edição da Editora Capivara
e deixamos a transcrição de algumas das cartas aqui. Se for ao nosso Tumblr veráum conjunto de cartas manuscritas de Fernando Pessoa.
>>> Espanha: A evolução da leitura em exposição
É na verdade uma investigação acerca da única biblioteca da
Antiguidade Clássica que chegou até nossos dias. Intitulada “A morada dos
papiros” a exposição recria com objetos e de maneira virtual o que a localidade
de Herculano, na Itália, onde se descobriu no século XVIII a biblioteca
clássica preservada sob as cinzas do Vesúvio. Entre os objetos da mostra está
um papiro de quase quaro metros apresentado a público pela primeira vez fora
das instalações de Biblioteca Nacional de Nápoles. Organizada pela Casa
do Leitor em Madri, a mostra pretende responder a duas questões: como era a
leitura na antiga Roma e como as escavações arqueológicas que se realizam no
século XVIII deram um novo impulso à história cultura da Europa. A exposição
está aberta até o dia 23 de abril de 2014 e se complementa com uma extensa
programação que inclui rodada de leituras e um ciclo de exibições
cinematográficas.
>>> Estados Unidos: Orfeu da Conceição, de Vinicius de Moraes deve chegar à Broadway no
segundo semestre de 2014
Apresentada no Rio de Janeiro em meados da década de 1950, Orfeu, não apenas pelo sucesso que alcançou
na ocasião, mas pela construção estética é um dos textos mais significativos da
literatura nacional: “Um tesouro nacional do Brasil!” como definiu Stephen
Byrd, produtor teatral, que apresentou na ultima semana seu novo projeto que
deve chegar à Broadway no segundo semestre de 2014. Transformada em
musical Black Orpheus tem nomes
de Charles Moeller e Claudio Botelho como envolvidos na ideia.
Orfeu já duas vezes foi adaptado ao
cinema: uma em 1959 pelo diretor francês Marcel Camus e outra em 1999 por Cacá
Diegues. No Tumblr do Letras recortamos os desenhos de Carlos Scliar compostospara a edição primeira de Orfeu.
>>> Brasil: Filme sobre Graciliano Ramos já tem
data de estreia
A primeira exibição de O
universo Graciliano, do cineasta Sylvio Back, que retrata a vida e a obra
do escritor Graciliano Ramos terá lugar em Maceió, numa sessão aberta ao
público no dia 24, às 19h30, no Teatro Deodoro. O filme é documentário que
resgata locais e arquivos encontrados em Buíque (Pernambuco), Quebrangulo,
Palmeira dos Índios (Alagoas), Viçosa (Minas Gerais) e Rio de Janeiro, cidades
onde Graciliano morou durante sua vida.
>>> Itália: Van Gogh animado
Luca Agnani produziu um experimento no mínimo curioso:
acrescentar movimento e efeitos de iluminação para treze pinturas de Vincent
Van Gogh. No nosso Tumblr estão algumas das imagens mais um vídeo.
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