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Mostrando postagens de agosto, 2013

Boletim Letras 360º #28

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Van Gogh, A colheita , um dos quadros cuja réplica em 3D está sendo comercializada pelo Museu Van Gogh em Amsterdã - leia mais sobre o projeto neste boletim. Ufa! Mais um fim de mês. E o ano, ó! Já também em vias de findar. Aonde vamos chegar com essa correria do tempo – perguntam-se muitos e perguntamos nós também. Se muitos não têm a resposta, nós também não; o que sabemos é que chegaremos, já na próxima segunda-feira, 2, com mais uma nova promoção na página do Letras.verso e re.verso no Facebook. Por enquanto, enquanto a promoção não vem, é bom dá uma corrida de vista ao que foi notícia por lá. Segunda-feira, 26/08 >>> Brasil: Poesia marginal no centro das atenções O Instituto Moreira Salles no Rio de Janeiro sedia até o dia 10 de novembro de 2013, a mostra "Poesia Marginal – Palavra e Livro". Com curadoria do poeta Eucanaã Ferraz, cerca de 60 publicações serão expostas, com destaque para livros da década de 1970, auge da poesia marginal, de

Dois títulos inéditos de José Saramago

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Dois títulos recém-editados pela EDUFPA colocam luz aos leitores brasileiros sobre o trabalho de intervenção do escritor português sobre sua obra e sobre os principais temas sociais. Recentemente a editora que tomou para si o direito de publicação da obra de José Saramago no Brasil, a Companhia das Letras, incorporou à galeria de textos do escritor português – entre contos, peças de teatro, crônicas e romances – dois textos que ainda estavam em outra casa editorial, Levantado do chão e Memorial do convento , ambos os romances pelos quais o nome do autor ganhou projeção entre os leitores e a crítica especializada. Mas, entre as quase três dezenas de títulos agora reunidos, podemos assim dizer, numa mesma casa, há ainda lacunas a serem preenchidas. Por exemplo, nunca foi editado por aqui aquele romance inicial, Terra do pecado ; nem alguns volumes de crônicas como Deste mundo e do outro , Os apontamentos , As opiniões que o DL teve ou ainda as duas edições finais de O cad

Flores raras, de Bruno Barreto

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Por Pedro Fernandes Não estamos diante de uma obra de arte que quer provocar rompimentos estéticos – afinal o que é isso mesmo se toda obra de arte não traz ela própria já esse sentido como prova de que a normalidade nunca lhe pertence? Mas, é um filme, digo logo, que deve ser visto e paparicado pelo público brasileiro. Não é isso uma previsão, mas um modo de pedir. Lá fora, sim, suspeito que a produção possa também não ter a repercussão necessária. A conclusão futurista vem do fato de que este foi um trabalho que teve seus empecilhos ainda quando o diretor estava no processo de captação de recursos para sua realização – coisa que não é nova em se tratando de qualquer produto artístico, mas este tinha um quê que deu balbúrdia: algumas empresas se recusaram a fornecer patrocínios para não ter o belo e tradicional nome (empurre o leitor aqui toda carga de ironia que a expressão possa ocupar) a uma história recebida grosso modo com uma penca de lesbianismo do princípio ao fim d

Odes escolhidas de Ricardo Reis, Fernando Pessoa

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Por Pedro Belo Clara O livro que hoje trago ao conhecimento, lançado em Portugal no passado mês de Junho, é uma bem composta antologia das principais odes criadas por Ricardo Reis, um tão conhecido heterónimo, entre muitos outros, do não menos famigerado Fernando Pessoa. Revelando-se um excelente meio de contacto com o trabalho da faceta mais clássica deste luso autor, caberá portanto ao leitor a hipótese de agarrar o ensejo e, se tal lhe interessar, aprofundar o conhecimento sobre esta “personagem” (chamemos-lhe assim) deveras única e, como tal, peculiar. O vulto maior das letras portuguesas e lusófonas organizou e enumerou, assim, um primeiro livro de odes deste seu heterónimo pagão com simpatias latinas e helénicas. Perfazendo o total de vinte trabalhos, fora seu intuito publicá-las na revista Athena , da qual Pessoa era director literário. Tal intenção viria a ser cumprida no ano de 1924, mas acabaria por se tornar numa iniciativa sem continuidade. E isto porque, apes

As armas secretas, de Julio Cortázar

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Por Rafael Kafka As armas secretas é uma compilação de cinco contos escritos por Julio Cortázar e traduzidos por Eric Nepomuceno, que também traduziu Cem anos de solidão de Gabriel García Márquez para a editora Record. A edição lida por mim para feitura dessa resenha foi produzida pela Civilização Brasileira. Os cinco contos contidos no livro são de um primor estético e literário muito altos. Porém chega a ser redundante usar tais termos para se falar de obras produzidas por Cortázar. A não ser, é claro, que o leitor não goste de histórias mirabolantes e repletas de surpresas típicas da linguagem do realismo mágico, o que o fará não ver primor nenhum nas obras do escritor argentino, porque é isso o que vemos nos contos e romances de Cortázar: as histórias começam em um ritmo de prosa e falam de assuntos (perdoem o trocadilho) prosaicos, comuns, banais. Aos poucos, contudo, as surpresas aparecem e o que começou como um causo simples ganha contornos angustiantes e,

Cinco títulos inéditos de J. D. Salinger a serem publicados a partir de 2015

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J. D. Salinger. Foto: Weinstein Company. J. D. Salinger, que morreu em 2010, aos 91 anos, foi conhecido por uma obra literária notável, mas escassa, reduzida ao enorme sucesso de seu romance de 1951, O apanhador no campo de centeio . Mas, a biografia e o documentário, ambos com lançamento nas próximas semanas nos Estados Unidos (falamos a respeito em outras duas matérias para este blog – a primeira aqui , e a segunda aqui ), apresentam, entre as novidades, a existência de inéditos: há informações seguras de que o escritor deixou aos responsáveis por seu espólio claras instruções para a publicação de pelo menos outros cinco livros – alguns deles com enfoque completamente próximo daquele que perseguiu até 1951. Nesse rol, há uma série de títulos que, segundo o The New York times  começarão a ser publicados a partir de 2015. Os novos livros foram em grande parte escritos durante o período em que foi sendo ampliada a reclusão de Salinger. Da série a ser chamada The family glass