Carnaval e literatura, dá samba?
Por Pedro Fernandes
Pode dar. As escolas de samba têm sempre preferido, principalmente nas efemérides, homenagear nomes da literatura na avenida. Ano passado, por exemplo, foi o
centenário de Jorge Amado e a Imperatriz Leopoldinense prestou homenagem ao escritor e sua obra.
Vinicius de Moraes, poeta homenageado no Carnaval do Rio de Janeiro. |
Também já foram à avenida nomes como Monteiro
Lobato, Machado de Assis e Carlos Drummond de Andrade; e obras como
Invenção de Orfeu, de Jorge de Lima e Os Sertões, de Euclides da Cunha.
O carnaval de 2013 já está próximo do fim – de hoje até
meio-dia de amanhã tudo virará cinzas –, mas é útil lembrar: pelo
menos três escritores tiveram sua biografia e sua obra transformada em enredo e
em diferentes estados brasileiros.
Em Vitória, no Espírito Santo, a Escola de Samba Unidos de Jucutuquara, que é de
Cachoeiro do Itapemirim, fez o enredo do desfile com base na vida e obra de Rubem Braga. Celebramos neste ano o primeiro centenário de um dos mais importantes nomes da crônica brasileira.
Já em São Paulo, a homenagem foi da Escola Mancha Verde para o poeta, compositor e ator Mário Lago. O encontro entre literatura e samba nesse caso foi um reencontro, afinal, o homenageado se destacou na música popular com letras como “Amélia” e “Aurora”.
Um terceiro homenageado apareceu no Carnaval do Rio de Janeiro. A Escola União da
Ilha do Governador lembra Vinicius de Moraes, poeta que neste ano também alcança a data do seu primeiro centenário.
Comentários