Reedição da monumental “A comédia humana”, de Balzac
Honoré de Balzac Alguns ingênuos poderão dizer que A comédia humana terá sido a obra que colocou, definitivamente, Balzac entre os grandes escritores da literatura universal. É possível. Mas, o escritor francês não terá passado ao panteão apenas por esse feito incompleto, diga-se. Sabemos que sua literatura tem um forte poder de reinvenção do gesto linguístico de representação da realidade a ponto de ser considerado por muitos teóricos dos estudos literários como um dos criadores do romance moderno, muito embora tenha passado aos olhos do seu tempo, quase que despercebido. A comédia humana é feito incompleto porque quando Balzac morreu, ainda aos 51 anos, o projeto que era de 137 romances só chegou a possuir 89 que juntos somam mais de 10 600 páginas (tomando com contagem a edição dos 17 volumes projetados pela Editora Globo) e mais de 2 500 personagens. A obra quis ser um inventário da França do século XIX, e é. E não finda aqui, porque Balzac ainda terá produzido a