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Mostrando postagens de novembro 19, 2012

Um inédito de João Cabral de Melo Neto e outras novidades em torno do poeta

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O poeta João Cabral de Melo Neto em cena do filme Liames, o mundo espanhol de João Cabral de Melo Neto , em 1979. Foto: Instituto Moreira Salles. Já desde 2007 que a obra de João Cabral de Melo Neto começou a ser integralmente reeditada. De lá para cá, já se somam 12 títulos publicados. O destaque nesta reedição, até o presente é a publicação póstuma Ilustrações para fotografias de Dandara , livro que dá contas de um álbum criado pelo poeta para matar as saudades da neta, quando era embaixador do Brasil no Senegal. É o João Cabral despido do rigor estético, mas ainda da escrita breve, mas agora, coloquial. Na época, sempre eram remetidas correspondências com fotos de Dandara, as quais motivavam o avô a logo compor versos para a neta. Em 1975, já com um material reunido num caderno e considerável, João Cabral despacha para o Brasil com o título de “Ilustrações para fotografias de Dandara”. Guardado como relíquia de família pela mãe, Inez, foi a própria Dandara quem decid

O lance é leiloar

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Sabemos que é de desinteresse do Estado cuidar da memória do seu povo. Desde que o capital desenfreou-se para manutenção de outras ordens ou desde quando cresceu um interesse pelo novo, não sabemos precisar ao certo este lugar,  tem sido assim.  De modo que, há coisas que vão sendo vendidas pelos responsáveis no intuito de passar adiante, de preferência para as mãos de algum responsável que tome para si o interesse de preservação negado pelo poder público, ou não, talvez alguns só queiram mesmo, como se diz por aqui, fazer um pé-de-meia. Sim, o desinteresse não é apenas estatal. A vida no capitalismo também corrompeu os valores mais íntimos como o da memória.  Parece que é este um mercado sem crises. Recentemente, uma quantidade significativa de objetos pertencente a Oscar Niemeyer foi a leilão; algumas peças, como desenhos do arquiteto brasileiro, que chegaram facilmente às cifras dos R$ 200 mil. Poema de Fernando Pessoa escrito em língua inglesa e dirigido à afilhada, Signa