Cecília Meireles, Manuel Bandeira e Mário Quintana: reencontros
Já tem mais de um mês que dei com algumas novidades muito boas que as editoras estão trazendo para a literatura nacional. A surpresa de entrar numa livraria e encontrar livros que, já tem algum tempo que só resistia nas estantes dos sebos e alguns nem mesmo aí encontrávamos se confunde com a preocupação que tenho enquanto professor de literatura que assiste ao desencantamento ou distanciamento do público para com a leitura de obras de qualidade. Há, evidente, muitos fatores negativos que estão entre o leitor e o livro, mas acho que o mais grave deles é quando falta o segundo elemento, afinal, não há leitor se não há livro. E tem algum tempo que a ideia de lucro tem falado mais alto e as editoras têm se preocupado e tanto com a fabricação de Best-Sellers, relegando o trabalho árduo da boa literatura às editoras de fundo de quintal, sem expressividade quantitativa frente à ordem tresloucada do capital. Da surpresa que tive nas livrarias, esta se refere ao trabalho de reedição de Mario