A arte de amar, Emmanuel Mouret
Por Pedro Fernandes Já foram escritos muitos manuais sobre o sexo; e sobre o amor perdemos as contas. Invoquemos apenas dois exemplos, um para cada lado, o Kama Sutra , um texto indiano e um dos textos mais antigos sobre o tema, e A arte de amar , de Ovídio, texto do entre-séculos I a. C.–I. d. C. Ambos os livros, entretanto, não são manuais de conduta; são sim livros sobre o comportamento sexual a amoroso humano. O tema é um dos mais intrigantes e detém uma das mais vastas bibliografias. E, por mais que se fale, que se estude, é sempre inédito falar sobre. É nesse gancho do comportamento amoroso que entra o filme de Emmanuel Mouret. A princípio poderá parecer que a trama aí filmada tenha também o caráter de manual ou ainda com o de investigação diante das constatações de uma música para cada tipo de amor e da pergunta qual a música ideal quando ficamos diante de um amor verdadeiro. Mas, logo somos conduzidos para o interior de cinco histórias, cada uma com começos diferen