Uma novo rosto para Emily Dickinson?
Por Pedro Fernandes A necessidade da novidade, do furo, do inédito, às vezes até bestial, da mídia interessada na curiosidade, no ti-ti-ti sobre escritores parece ter ganhado um centro no âmbito do jornalismo cultural interessado em falar sobre literatura. Se por um lado isso é desvantajoso, por outro pode até servir de iniciativa para o incentivo à leitura ou ao acesso a determinado escritor ou obra literária. Quer dizer, o interesse pela descoberta de um tipo muitas vezes tem suas vantagens para outros interesses. Isso daria um bom debate, mas deixemos, é coisa para se tratar noutra ocasião. Toquei no assunto porque foi apresentado recentemente o que ser um novo rosto de Emily Dickinson. Até então só a conhecíamos através da reprodução de um daguerreótipo que continua sendo o único registro fotográfico da poeta. O original pertence ao arquivo do Amherst College e chegou à instituição em 1956 com a doação de material de arquivo dos Todd. David Todd deve ter mantido algum