Da arte da escrita para a da pintura
José Saramago tem um romance intitulado Manual de pintura e caligrafia . Ao redor desse texto já se contaram algumas anedotas, uma até pelo próprio escritor português, quando disse ter tomado conhecimento de um professor de artes plásticas da África que não hesitou em comprar uma leva significativa de livros para trabalhar junto com sua turma de pintura por se deixar levar de primeira pelo o que o título dizia. O mesmo já aconteceu, por exemplo, com O Evangelho segundo Jesus Cristo . Alguém terá comprado o livro por acreditar que ali estivesse mais um evangelho perdido que fora só agora encontrado ou mesmo que ali estivesse um livro de autoajuda. Mas, minha ideia de recuperar esse texto primeiro do Prêmio Nobel de Literatura é para recuperar o enredo ali presente: um pintor de quadros, um dos últimos da sua espécie decide se aventurar pelo trajeto da escrita. E, agora, quando acontece o contrário? Quando escritores famosos decidem trocar o lápis pelo pincel? Que resultado terá? O blog