O que é a poesia?
Apolo e as musas. A pergunta assim posta não é tão fácil de responder. Pelo menos com o mesmo nível de sintetismo que a indagação é feita. Em torno da pergunta, quaisquer poeta ou crítico literário já terá se debruçado à cata de uma resposta. E, acreditem: por mais estapafúrdias que possam ter sido as respostas, como as que insistem em negar a existência da poesia ou as que vêem a sua presença em quaisquer coisa, todos estão certos. Tudo passa pelo lugar que assumimos na leitura do mundo. O que estou antecipando, com isso, é que um conceito fechado para o que é poesia é, necessariamente, uma visão particular que indivíduo tenha da existência. Ou como há dito Victor Hugo: "um poeta é um mundo preso num homem". Isso a coloca como eternidade, cujo princípio, meio e fim têm um sentido inesgotável em si própria. Que faríamos sem a poesia? Viveríamos do mesmo modo? Os céticos dirão que sim; os que têm alguma crença sobre a existência dirão que melhor nem pensar. Com