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Mostrando postagens de março 21, 2012

Saramago duas vezes mais para o cinema

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Parece que José Saramago está na moda para as telas da sétima arte. Parece. A primeira adaptação de uma obra do escritor foi em 2002. A jangada de pedra , à época, recebeu a montagem de um cineasta alemão. Saramago não teria gostado do resultado final desta leitura, desde então, os diretores tiveram que amargurar um longo período de intriga do escritor para com as adaptações de seus textos.  Passou o tempo até chegarmos em 2008 e Fernando Meirelles conseguir furar o cerco com adaptação do romance  Ensaio sobre a cegueira . E Saramago gostou do que viu. Até circulou por esta  web  um vídeo dando conta das lágrimas do Prêmio Nobel de Literatura diante do trabalho final do cineasta brasileiro (ver o final desta postagem).  A maior flor do mundo , Embargo e... agora se anuncia, depois de O evangelho segundo Jesus Cristo* , mais uma adaptação: a de  O homem duplicado . O romance com ares de ficção científica virá para as telas pelas mãos do cineasta canadense Denis Villeneu

Por que ler os clássicos?

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Não, não vou aqui recuperar Itálo Calvino e nem outra leva de escritores (clássicos) que se dispuseram a nos levar pela mão à leitura dos clássicos. Nem vou também aqui me deter tanto (quanto devia) na questão. Vou, antes, depositar algumas notas que podem ser tomadas como seminais a um texto mais acurado sobre a questão, tão logo o tempo me permita. Tudo quanto vamos aprendendo na nossa vida passa por uma disciplina. Ler deve ser também uma disciplina. A princípio, obrigatória, para depois, enfim, tornar-se em algo corriqueiro. Necessidade. Somente quando sentirmo-nos insatisfeitos por no decorrer de um dia não termos lido uma página é que atingiremos o limite ideal da leitura. Mais ainda, somente quando não ficarmos satisfeitos com qualquer tipo de leitura é que atingiremos esse tal limite. E uma das formas que nos faz entrar nessa segunda possibilidade é quando lemos um clássico. Depois dele, tudo o que lermos depois corre o risco de ser insipiente àquilo que já lemos.