Autores consagrados
Por Pedro Fernandes Num texto para o blog Papeles Perdidos, Maria Inés Amado, a partir de uma leitura para o Babelia da escritora argentina Leila Guerriero, reflete acerca do termo e busca para si algumas definições, mesmo sabendo que é essa categoria tem sentido escorregadio e, logo, é contraditória. O que seria, então, um escritor consagrado? Pergunta-se. “Alguém com grande prestígio e um grupo infinito de leitores? Alguém que, mais que leitores, têm devotos? Alguém que capturou as angústias de toda uma geração e soube traduzi-las numa obra? Alguém que é produto de uma estratégia de marketing editorial? Tudo isso, mais que isso ou nada disso?” Eis aí pano para a discussão. Sim, porque haverá os que enquadram em todas as categorias e aqueles que nunca sequer pensaram nelas para se tornarem consagrados. Enrique Vila-Matas, em texto para o referido Babelia e indicado por Maria Inés, intitulado “Fracasa otra vez”, relembra de quando foi convidado para participar de um con