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Mostrando postagens de outubro, 2012

10 livros para ler a partir do dia 31 de outubro

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1 – O castelo de Otranto , de Horace Walpole: simples novela datada de 1764 tem relevância aqui porque é apresentada como a que inaugurou na literatura os gêneros de terror e de sobrenatural, tendo sido basilar para escritores como Bram Stoker e Edgar Allan Poe. Seu enredo se fixa em torno de uma maldição que percorre as gerações da família do príncipe Manfredo de Otranto. O misterioso assassinato de Conrado, seu único herdeiro homem, leva Manfredo à loucura, não sem antes ir à procura dos verdadeiros culpados pela morte do filho e as bases que levaram o surgimento da maldição sobre a família. 2 – Os mistérios de Udolfo , de Ann Radcliffe: este é o quarto romance de Radcliffe, escritora que terá inspirado autores como Jane Austen. O romance se constrói em torno da personagem Emilie. Filha única, criada com todos os préstimos e mimos, ela de perde os pais – primeiro, a mãe, vítima de uma doença súbita e misteriosa, depois o pai durante uma viagem pelo sul da França e pela Itália.

Declame para Drummond em Natal

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Falamos por aqui sobre uma ideia vinda pelas ondas da web do Rio de Janeiro, mas já desembocada aqui em Natal este ano: o projeto Declame para Drummond. Trata-se de um rico intercâmbio de poesia autoral em homenagem ao poeta que completaria 110 anos no dia 31 de outubro deste ano. O coletivo é formado por 110 poetas  do Brasil e de Portugal, que têm entre outras missões a distribuição de poemas em suas cidades para que sejam encontrados “no meio do caminho” de algum ilustre desconhecido. O Declame para Drummond é uma iniciativa da poeta e produtora cultural independente Marina Mara – que vem realizando projetos de popularização da poesia pelo Brasil – em parceria com poetas de várias regiões do país e também de Portugal. Todos os poetas do coletivo, assim como as pessoas interessadas em distribuir os poemas do projeto em suas cidades retiraram (ou pode retirar) os textos que já estão prontos para imprimir (basta ir por aqui ), devidamente identificados com o nome

As várias faces de "Alice no país das maravilhas" - Parte 2

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Só recebemos as imagens compostas por Salvador Dalí para o clássico de Lewis Carroll por este ano. Graças à iniciativa da William Bennett Galllery. A obra foi publicada em 1969 pela Maecenas Press-Random House, uma editora de Nova York, que vendeu a obra como o livro de destaque do mês. No total são treze ilustrações, uma para cada capítulo da obra, sendo a primeira apresentada ainda como rascunho no frontispício. A obra de abertura, que leva o nome do livro, seria terminada com guache em 1974 e depois reproduzida numa escultura de bronze de 1984. Salvador Dalí e Walt Disney Convém lembrar aqui que Walt Disney, que elegeu Alice para o seu primeiro projeto de longa-metragem nos cinemas desde quando foi para Hollywood, em 1923, recebeu a significativa colaboração inicial do próprio Salvador Dalí para o trabalho. Devido aos atropelos, o pintor sairia em 1951, sem que o seu nome fosse para os créditos: o rompimento entre Disney e Dalí se deu antes que o filme chegasse a

Cecília Meireles, Manuel Bandeira e Mário Quintana: reencontros

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Já tem mais de um mês que dei com algumas novidades muito boas que as editoras estão trazendo para a literatura nacional. A surpresa de entrar numa livraria e encontrar livros que, já tem algum tempo que só resistia nas estantes dos sebos e alguns nem mesmo aí encontrávamos se confunde com a preocupação que tenho enquanto professor de literatura que assiste ao desencantamento ou distanciamento do público para com a leitura de obras de qualidade. Há, evidente, muitos fatores negativos que estão entre o leitor e o livro, mas acho que o mais grave deles é quando falta o segundo elemento, afinal, não há leitor se não há livro. E tem algum tempo que a ideia de lucro tem falado mais alto e as editoras têm se preocupado e tanto com a fabricação de Best-Sellers, relegando o trabalho árduo da boa literatura às editoras de fundo de quintal, sem expressividade quantitativa frente à ordem tresloucada do capital. Da surpresa que tive nas livrarias, esta se refere ao trabalho de reedição de Mario

V Encontro Potiguar de Escritores

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Gabriel García Márquez, Câmara Cascudo, Julio Cortázar e Fernando Pessoa são alguns dos nomes que serão relembrados em mesas e conferências no V Encontro Potiguar de Escritores promovido pela UBE-RN Conforme notificamos pela manhã na nossa fan page no Facebook , terá lugar na Academia Norte-Rio-Grandense de Letras (Rua Mipibu, 443, Petrópolis, Natal - RN) mais uma edição do Encontro Potiguar de Escritores promovido anualmente pela seção estadual da União Brasileira de Escritores (UBE), representada no estado por Eduardo Gosson. O evento acontece entre os dias 29 e 31 de outubro. Abaixo reproduzimos programa oficial que nos chegou por e-mail. 29 de outubro (segunda-feira) 18h - Lançamento da antologia Presença da Mulher na Literatura do Rio Grande do Norte  organizada por Zelma Furtado e Kacianni Ferreira. 19h - Abertura Solene Eduardo Gosson- Presidente da UBE/RN Homenagens ao Escritor Otto de Brito Guerra, à Escritora de livros infantis Nati Cortez, ao escritor Jo

F Scott Fitzgerald

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É possível que F Scott Fitzgerald tenha ficado mais conhecido entre o público mais popular brasileiro com o conto “O curioso caso de Benjamin Button”, que foi levado às telas do cinema, em 2008, e foi um dos filmes bem cotados na premiação do Oscar no ano seguinte. No conto, a personagem de Benjamin Button nasce um ‘bebê-velho’ e com o passar do tempo, ao invés de envelhecer da forma natural, ele rejuvenesce. Para o ano vindouro, o cinema se prepara para receber mais uma adaptação de sua obra: O grande Gatsby . Na verdade, uma readaptação, já que o romance passou por quatro adaptações, uma delas, a mais famosa, em 1974, sob a direção de Jack Clayton com Mia Farrow e Robert Redford nos papéis principais e roteiro de Francis Ford Coppola. Mas, F Scott Fitzgerald não foi um autor para o cinema (sabemos que chegou a fazer algumas roteirizações e somente). É sim um dos grandes escritores estadunidenses do século XX. Escreveu durante um dos períodos mais frenéticos e conturbados

A eterna juventude de Peter Pan

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Por Pedro Fernandes J M Barrie, o autor de Peter Pan “A história do menino que não queria crescer faz parte do imaginário de diferentes gerações de leitores” – assim anuncia a Cosac Naify na resenha de lançamento de mais uma obra (de arte) para seu catálogo. A obra em questão trata-se da versão original do romance do escritor escocês J. M. Barrie, Peter e Wendy , traduzido integralmente por Sergio Flaksman e acompanhado da inovadora arte que Guto Lacaz que compôs as ilustrações para o livro. O anúncio posto entre aspas no início desta postagem tem sua verdade: é a história do menino Peter Pan, nome que seria inspirado em Pan, o mítico deus grego conhecido por suas farras, que se recusa a crescer e suas aventuras com os irmãos Darling pelo imaginário lugar da Terra do Nunca. J. M. Barrie nasceu em 1860 na Escócia e foi penúltimo entre um grupo de dez irmãos; com sete anos perdeu o seu irmão David, favorito de sua mãe, que morreu em decorrência de um acidente de patinação

Dia D 2012

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A ideia teve início no ano passado. Reservar o dia 31 de outubro, dia de nascimento do poeta Carlos Drummond de Andrade, para celebrar integralmente a sua obra. E este ano, a data, como se vê pela extensa programação, se dilatou. Com atividades ecléticas e para todos os públicos, concentradas em vários lugares no Rio de Janeiro e em São Paulo, a novidade é que também vários outros estados adotaram a data, como, Minas Gerais (Belo Horizonte e Itabira), terra do poeta, e Rio Grande do Sul (Porto Alegre). Além do Brasil, a programação atravessa além-mar e chega a Portugal, país cuja receptividade da obra drummondiana sempre foi bem. Destaques para a mostra de cinema “Drummond homenageia Greta Garbo”, uma nova edição para os famosos Cadernos de Literatura Brasileira do Instituto Moreira Salles que publica um novo número, agora, dedicado ao poeta e apresentação da peça “Cartas de Maria Julieta e Carlos Drummond de Andrade”, que foi idealizada pelo neto do poeta, Pedro Drummond

As várias faces de “Alice no país das maravilhas”

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Já contamos por aqui como tudo começou: Alice no país das maravilhas começou como fábula oral contada por Lewis Carroll às filhas de Christ Church, entre elas Alice Liddell, a que lhe inspirou na criação da personagem. A historieta ganhou, passado 150 anos, os ares de clássico e Carroll figura entre os mais importantes nomes do período vitoriano, como Charles Dickiens, Emily Brontë, Oscar Wilde, Samuel Butler, entre outros. O contexto do escritor inglês terá favorecido à importância do infante como personagem principal na literatura; estamos numa época em que a extensa exploração infantil custeada pela Revolução Industrial era coisa corriqueira. Prova, estão em outros escritos de escritores da época, como Dickiens e do próprio Lewis Carroll, que, como sabemos não escreveu apenas as aventuras de Alice. Alice Liddell, em quem Carroll se inspirou para sua personagem. Aqui, em foto do próprio escritor inglês num ensaio em que aparece vestida como mendiga. Carroll es

Os 120 anos de Graciliano Ramos

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Já notificamos na nossa página no Facebook tem algumas semanas que o autor de Vidas secas  será o grande homenageado da Festa Literária Internacional de Paraty - FLIP em 2013. Próximo dia 27 de outubro entramos nos 120 anos de Graciliano Ramos que já, a partir de amanhã, terá uma programação que deve se estender durante todo o ano seguinte. Estão nos planos dos organizadores para agora o lançamento de um livro com mais de 80 textos inéditos do escritor, batizado por Garranchos  e a sair pela editora Record, que publica seus trabalhos já há algum tempo.  Trata-se de uma coletânea organizada por Thiago Mio Salla que reúne crônicas, textos de crítica literária, epigramas e discursos políticos produzidos ao longo de 40 anos da vida do autor. O lançamento de Garranchos ocorre amanhã, dia 23 de outubro, na sede do Museu de Arte de São Paulo - MASP, na abertura de um seminário promovido pela editora Record. Outro lançamento que também ocorrerá amanhã é promovido pela edit

O desfecho da novela Kafka?

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Por Pedro Fernandes O jovem Franz Kafka, em Praga. Parece que sim. No último dia 15, foi postado na  página do Letras  no Facebook , um nota que dava conta do desfecho, enfim, do caso Franz Kafka que passamos a acompanhar por aqui desde junho. A história, que bem poderia servir de mote para uma novela kafkiana, e é até possível que haja mesmo alguém recolhendo material para algo do tipo, pode ter alcançado o ponto final depois da decisão da corte de Israel. Estava em questão uma parte do espólio que o autor de A metamorfose  deixou com o amigo Max Brod com a incumbência de que esses papéis fossem apagados, coisa que, como já sabemos, Brod não fez. A disputa envolvia a Biblioteca Nacional de Israel e Eva Hoffe, já que a irmã, outra parte interessada no caso, morreu sem ver o resultado do processo. A decisão tomada pela Corte de Família de Tel Aviv é que a coleção em posse da família Hoffe seja transferida imediatamente para a biblioteca em Jerusalém, que era este um dos desejos apo

Voltar às origens dos textos compilados pelos Grimm

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Por Pedro Fernandes Retrato de Jacob e Wilhelm Grimm pelo irmão, o pintor Ludwig Emil Grimm, 1843 Em 2012 se comemora o bicentenário da primeira edição com a compilação de contos feita pelos irmãos Grimm. Foi neste ano também que o The Guardian anunciou o resgate de cerca de 500 histórias que estiveram guardadas por pelo menos um século e meio em Regensburg, na Alemanha, em acervo que pertencia ao historiador Franz Xaver von Schönwerth, que também coletava contos na mesma época dos irmãos Grimm. Fica o registro que também é o princípio da contagem regressiva (de quanto tempo não sabemos, mas esperamos que seja breve) de tê-los em terras e língua brasileiras. Voltemos aos irmãos Grimm. A Cosac Naify – só poderia ser ela – publicou em dois tomos a versão original das 156 histórias, nunca antes reunidas em português, e com tradução direta do alemão. Contos maravilhosos infantis e domésticos.  O rico trabalho chega para – se não colocar a versão verdadeira no lugar devido, por

Explicação dos pássaros, de António Lobo Antunes

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Por Pedro Fernandes Foi mais um da longa travessia que ainda tenho pela frente para contornar a obra de António Lobo Antunes. Ao meu alcance,  Fado alexandrino , o romance que sucede este Explicação dos pássaros . Tenho a impressão de leitor iniciante que terá sido este, não os da ‘trilogia memorialística’ que marca o início da carreira literária do escritor, o livro em que encontramos um escritor que se inicia, embora sabendo que, para os bons escritores, toda nova obra sempre poderá ser uma tentativa de começo.  E, por que, neste caso em particular, é o começo de tudo? Simplesmente porque o autor de Explicação dos pássaros se desvincula do tema da guerra colonial, plano e pilar dos três primeiros romances. Neste livro, o escritor mergulha naqueles temas mais caros às subjetividades em crise, algo notado nos romances anteriores, mas que aqui toma fôlego sem um elemento desencadeador. A ideia de finitude que perpassa todo o andamento da narrativa é mais produto de uma inquieta

RECONHECIMENTO

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Por Pedro Fernandes Ontem, 15 de outubro, foi dia dos professores. Alguém já terá dito que uma coisa que tem dia para ser lembrada é porque esta coisa não é tão bem quista quanto deveria. Prefiro ir nesta direção, mas prefiro também dilatar essa visão. Quando se há um dia para lembrar de alguém ou alguma coisa e estes não são bem quistos, este dia, serve-nos não apenas para exaltações afetivas, que será uma forma de imprimir destaque ao não-quisto, mas aponta para a necessidade de se repensar o sentido do alguém ou do alguma coisa lembrados. Então, ainda no território das preferências, eu prefiro ir pela ideia de repensar. E foi isto o que propus quando redigi uma mensagem resposta aos vários comentários e às várias fotomensagens que companheiros de profissão e alunos decidiram, cada qual do seu jeito carinhoso de ser, homenagear. A mensagem foi publicada na minha página no Facebook e é o teor dela que quero repetir por aqui, porque como reza as diretrizes deste espaço,

Mário de Andrade desenhista

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Por Pedro Fernandes Mário de Andrade numa rede. Lasar Segall. Paris, 1930. "Como a totalidade da crítica, também penso que o mais curioso de Mário [de Andrade] é a sua diversidade de interesses, a aplicação que ele fez de seu talento e de sua inteligência a tantos campos de pesquisa e de criatividade, indo da ficção e da poesia aos ensaios sobre literatura, música, folclore e artes plásticas, sem esquecer o jornalismo mais livre das crônicas, os registros de viagem, a importante correspondência e até a atuação direta nos acontecimentos." A observação entre aspas é de João Luiz Lafetá. E ele e nós conhecemos alguma coisa desse Mário diverso. Mas, faltou na extensa lista de atividades, o convívio do autor de Macunaíma  com as artes plásticas. Entre 1927 e 1928 sabemos da sua viagem pelas regiões Norte e Nordeste. Desses dois périplos, ele realizou ensaios fotográficos que serviram de base para o livro póstumo publicado em 1993 pelo Instituto de Estudos Brasileiros da Universida

Este blog passou à segunda fase do prêmio TOPBLOG 2012

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O Letras está feliz. É que descobrimos nossa classificação para a segunda fase de um reconhecimento entre os mais concorridos nacionalmente, o prêmio TOPBLOG, que este ano completa sua quarta edição. O prêmio é mais novo que a existência deste blog, mas esta foi a primeira vez que resolvemos enviar inscrição para concorrê-lo.  Estamos entre os 100 mais votados pelos internautas na categoria Literatura e passamos a lutar agora pelo disputadíssimo 3º lugar. Dividido em duas fases, o anúncio dos 100 colocados foi feito no último dia 10. Esta post serve para, além de comunicar a vitória da primeira fase, cumprimentar a todos os nossos leitores que apostaram no nosso projeto. É também para renovar os votos de confiança que nos deram e pedir ajuda com a votação para chegarmos na fase seguinte.  Como votar É muito simples. Basta entrar neste  link ou clicar no banner Top 100 - Finalista 2º Turno que está logo na coluna à esquerda do blog e você é direcionado para a votaçã

Leontino Filho: a saga e o segredo de urdir os restos do lirismo amoroso

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Por Márcio de Lima Dantas                                                            Todo mundo sabe quanto se tornou difícil, nos últimos tempos, o manuseio de textos artísticos que lancem seus vetores à tradição da literatura ocidental conhecida como lírica amorosa. As linhas de continuidade às quais se vincula o discurso poético sobre o amor, pelo menos nos moldes como fomos acostumados a senti-lo/representá-lo, e também como é difundido pela mídia, parecem ter atingido o seu fastígio com as transformações que o século XX ferrou nos relacionamentos interpessoais, coisa que me parece sem retorno e que também, de outra parte, não deve causar transtornos, malgrado o desvelamento de uma hipocrisia insistente, produzida por um discurso advindo das classes dominantes, eivado de Ideologia, possibilitador da reprodução do status quo favoráveis àqueles mesmos que desde sempre estiveram no poder.  O que eu quero dizer é que o poeta Leontino Filho, nascido em Aracati, antiga cida

III Encontro de Escritores de Língua Portuguesa (Programação final)

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Havíamos comentado por aqui sobre o III Encontro de Escritores de Língua Portuguesa. Na programação que divulgamos seguindo o que estava no site oficial do evento, ainda havia algumas brechas quanto a locais de realização de algumas atividades. Agora, a programação está fechada. Embora as inscrições tenham sido encerradas já no último dia 11, fica a programação completa do evento para aqueles que se inscreveram e vão acompanhar o evento que começa amanhã, segunda-feira, dia 15 e vai até o dia 17. O evento é uma iniciativa é da União das Cidades Capitais Luso-Afro (UCCLA), com o apoio da Prefeitura do Natal e da Academia Norte-Riograndense de Letras. Este ano, o III EELP debate três eixos temáticos: “literatura infantil”, “literatura e futebol” e “literatura oral e tradicional”. Segue a programação: 15 de outubro (segunda-feira) - Teatro Alberto Maranhão   14h - Solenidade de abertura 14h30 - Conferência "Literatura Infantil", com Isabel Alçada e Ana M