Jorge Amado e Nelson Rodrigues para as telas (Parte II)
Nelson Rodrigues visita set de filmagens de Os sete gatinhos nos anos 1970. Foto: Arquivo Globo. |
Depois de listarmos aqui alguns dos principais filmes produzidos a partir da obra de Jorge Amado, fazemos a segunda parte, agora com as obras produzidas a partir da literatura de Nelson Rodrigues. Dica: intercalar um filme desses nos da lista anterior.
1. Meu destino é pecar,
de Manuel Pelufo. O filme de 1950 é baseado em texto homônimo que Nelson
Rodrigues publicou assinado sob o pseudônimo de Suzana Flag. Depois da produção
para o cinema foi adaptado por Euclydes Marinho para ser uma minissérie na TV
Globo.
2. Bonitinha mas
ordinária, de J. P. de Carvalho. Essa foi a primeira versão da peça para filme,
em 1963. Conta também com mais duas adaptações, uma em 1981, e outra em 2010. A melhor
é a segunda com Lucélia Santos. No mesmo ano teve adaptação para minissérie
também na TV Globo.
3. Asfalto selvagem, de J. B. Tanko. Foi nessa
peça que Nelson deu vida a uma de suas personagens mais intensas, Engraçadinha.
O filme explora os lados paradoxais da
personagem – sua pureza e sordidez, sua sutilidade e vulgaridade. O diretor
daria continuidade com outro filme, Engraçadinha
depois dos trinta, nove anos depois; Asfalto
selvagem é de 1964.
4. A falecida, de
Leon Hirszman. A peça é considerada um marco na obra de Nelson Rodrigues;
escrita a partir da sua coluna de contos “A vida como ela é”, é um dos primeiros
registros do subúrbio carioca para as páginas da literatura contemporânea.
5. Toda nudez será
castigada, de Arnaldo Jabor. Escrita em 1965, cinco anos depois a peça foi
levada para o cinema. Ao optar pela narrativa em primeira pessoa, em plena atuação
no teatro rodrigueano e já posta em textos como Vestido de noiva e Bonitinha
mas ordinária, prevalece a ideia de um ponto de vista ou versão dos fatos,
típico dos depoimentos policiais. Nelson durante bom período cuidou das páginas
policiais do A manhã. Arnaldo Jabor
ainda adaptaria O casamento.
6. Os sete gatinhos,
de Neville d’Almeida. O filme que conta no elenco com Lima Duarte, no papel de
Noronha, funcionário na Câmara de Deputados, chefe de uma família que zela
profundamente a caçula e a única que tem o direito a boa educação em colégio
interno; educação sustentada pelo dinheiro das quatro irmãs mais velhas que se
prostituem em nome da sua “pureza”.
7. Álbum de família,
de Braz Chediak. A peça data de 1945 e foi censurada, só tendo sua estreia vinte
anos depois. O filme é de 1981.
8. Vestido de noiva,
de Joffre Rodrigues. Este é um dos trabalhos, talvez, mais conhecidos de Nelson
Rodrigues. Dirigida por Ziembinski, além da polêmica comum da obra do
dramaturgo pernambucano, marcou uma renovação no teatro brasileiro.
Comentários