Uma nova adaptação cinematográfica para Os miseráveis, de Victor Hugo

Anne Hathaway caracterizada por Fantine na nova adaptação de Os miseráveis para o cinema.


A adaptação mais recente para Os miseráveis, de Victor Hugo, data de 1998. Antes, passou por uma série de outras releituras para a grande tela desde 1909, ano quando foi realizada a primeira versão cinematográfica, então dirigida por J. Stuart Blackton. 

Agora, para finais de 2012, nos Estados Unidos, e fevereiro de 2013, no Brasil, o grande romance da literatura francesa volta às telas. O longa-metragem é dirigido por Tom Hooper, o mesmo diretor de O discurso do rei, e foi divulgado, por esses dias, o primeiro trailer. 

A apresentação do livro de Hugo fecha um ano de ouro para o cinema. Não apenas porque relembra a altura os 150 anos do principal romance do escritor francês, como pela leitura inovadora proposta, já que a versão a ser apresentada agora é um musical com o repertório integral ao de 1985, quando foi montado na Broadway. Também foi em 2012 que o romance Anna Kariênina, de Tolstói, outro importante romance da literatura universal, alcançou uma versão experimental para o cinema.

No repertório do longa Tom Hooper, além de canções conhecidas como "I dreamed a dream" e "Do you hear the people sing?", de Claude-Michel Schönberg, Alain Boubil e Herbert Kretmer, novas canções de Schönberg. E, elenco de peso: Hugh Jackman interpreta o ex-presidiário Jean Valjean, Russell Crowe, o inspetor Javert, Anne Hathaway, Fantine e Amanda Seyfried, Cosette; além de atores que compuseram a versão original do musical na Broadway.

Os miseráveis é ambientado na França do século XIX entre duas batalhas, a Batalha de Waterloo, em 1815, e os motins de junho de 1832. Compõe-se de cinco volumes que dão contas da vida de Jean Valjean, um condenado e preso por 19 dias depois de roubar um pão para alimentar a família. Posto em liberdade, mas mal visto socialmente é acolhido por um cardeal que dará a sua vida outro rumo. Cada volume compõe-se de uma personagem que recompõe com certa precisão um retrato da miséria na França da época. 

Em 2002, a Cosac Naify publicou uma edição comemorativa, assinalando o bicentenário de Victor Hugo, com tradução revista e adequada à leitura contemporânea por Frederico Ozanam Pessoa de Barros. É também, agora, uma boa oportunidade para pegar o livro na estante e fazer a leitura até a estreia do filme no próximo ano.

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