Os lusíadas on-line
Camões, 1907, óleo sobre tela José Malhoa |
Que Os Lusíadas, de
Luís de Camões, é um dos mais importantes textos da literatura em língua
portuguesa, todos hão de concordar; outros até acrescerão que o épico camoniano é
já clássico para a cultura ocidental. Agora, fazer do clássico leitura para
leitores comuns, nem todos hão de acreditar na possibilidade. E a situação é
ainda mais absurda se formos ver de perto que a imensa maioria dos estudantes
de Letras no Brasil, público que lida diretamente com leitura, nunca leu a
obra. Considero absurda porque – e isso eu já comentei por aqui – há títulos
que integram aquela lista de leitura obrigatória a certo público por mais que não
o apeteça.
Agora, um projeto conduzido pela Biblioteca Nacional de Portugal, país de nascimento do poema, traz o texto na sua primeira impressão em formato digital. Entendendo Os
Lusíadas como obra importante no cânone universal, integra a proposta a digitalização
da primeira edição em diferentes línguas – do espanhol, passando pelo sueco e
até numa versão em polonês.
A primeira publicação da epopeia de Camões foi feita em
1572 com alvará de publicação do Rei Dom Sebastião e licença do Tribunal do
Santo Ofício, órgãos censores da época. Tendo por modelo a construção clássica
inaugurada pelo poeta italiano Ariosto em Orlando
furioso e esquematizada no modelo de Virgílio em Eneida, o poema narra a partir da empreitada de Vasco da Gama no
início das grandes navegações, a coletividade portuguesa nesse período.
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>>> Na página do Letras in.verso e re.verso no Facebook é possível visualizar a reprodução de fragmentos do Canto V em que nos é apresentada a figura do gigante Adamastor.
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