Inês Pedrosa
Algumas das mais importantes obras de Inês Pedrosa têm livre e imediata circulação pelo Brasil. Fica comigo esta noite, livro de contos publicado pela Planeta Brasil, a primeira editora a trazê-la para esse lado do Atlântico, Fazes-me falta, Os íntimos e Nas tuas mãos, entre outros romances passaram a ser publicados pela Alfaguara Brasil.
Não será demais repetir o que já repetiram outros comentadores de sua escrita: Inês Pedrosa é integrante da extensa lista de portugueses que têm mudado a feição da produção literária em Língua Portuguesa. Prova disso é que seus livros sempre foram sucesso de crítica e público. As histórias contadas por eles logo encontram um similar afetivo com a realidade dos leitores e, é disso mesmo, de onde nasce o interesse por sua obra. Não que a escritora esteja a trazer aí novos e milagrosos lances temáticos, mas a renovação de determinados temas dão-lhe o merecido respaldo.
Por exemplo, sabe-se que Inês Pedrosa tem uma proximidade com o tema do feminino. Mas, o modo como esse tema é perfilado no interior de sua obra constitui, até certo ponto, em novidade, haja visto que, não parece ser seu interesse levantar nenhuma bandeira radical feminista, mas compreender o estatuto da mulher na cena contemporânea, essa mesma cena que diz ter promovido ou lutador por promover sociedades mais justas e igualitária a todos. O tema se mostra numa sutilidade necessária: colocar em pauta o drama de ser mulher numa sociedade hipócrita; quem mente em nome de uma igualdade, mas ainda é eivada da tradição masculina, mas não um simples drama pelo drama e sim a mulher em ação na forma de todas as possibilidades de ser mulher.
Agora, não é interesse da escritora, e isso a sua obra tem dado mostras, firmar-se num só aspecto temático, como esse sobre o feminino. Inês busca compreender o drama do sujeito contemporâneo, cada vez mais dilacerado. Talvez esteja aqui outra característica que põe a sua escrita no bom gosto do público, afinal, nenhum escritor sobreviverá dando aos leitores o mesmo caldo requentado daquilo que lhe deu espaço no mercado literário. Que o diga os grandes escritores.
Não será demais repetir o que já repetiram outros comentadores de sua escrita: Inês Pedrosa é integrante da extensa lista de portugueses que têm mudado a feição da produção literária em Língua Portuguesa. Prova disso é que seus livros sempre foram sucesso de crítica e público. As histórias contadas por eles logo encontram um similar afetivo com a realidade dos leitores e, é disso mesmo, de onde nasce o interesse por sua obra. Não que a escritora esteja a trazer aí novos e milagrosos lances temáticos, mas a renovação de determinados temas dão-lhe o merecido respaldo.
Por exemplo, sabe-se que Inês Pedrosa tem uma proximidade com o tema do feminino. Mas, o modo como esse tema é perfilado no interior de sua obra constitui, até certo ponto, em novidade, haja visto que, não parece ser seu interesse levantar nenhuma bandeira radical feminista, mas compreender o estatuto da mulher na cena contemporânea, essa mesma cena que diz ter promovido ou lutador por promover sociedades mais justas e igualitária a todos. O tema se mostra numa sutilidade necessária: colocar em pauta o drama de ser mulher numa sociedade hipócrita; quem mente em nome de uma igualdade, mas ainda é eivada da tradição masculina, mas não um simples drama pelo drama e sim a mulher em ação na forma de todas as possibilidades de ser mulher.
Agora, não é interesse da escritora, e isso a sua obra tem dado mostras, firmar-se num só aspecto temático, como esse sobre o feminino. Inês busca compreender o drama do sujeito contemporâneo, cada vez mais dilacerado. Talvez esteja aqui outra característica que põe a sua escrita no bom gosto do público, afinal, nenhum escritor sobreviverá dando aos leitores o mesmo caldo requentado daquilo que lhe deu espaço no mercado literário. Que o diga os grandes escritores.
Mas, a relação da escritora portuguesa com Brasil paira para além da proximidade dos pólos obra-leitor. A própria Inês tem uma relação em suspeita com país a ponto de em A eternidade e o desejo levar seus personagens para a cidade de Salvador e bem ao modo Jorge Amado, numa Salvador rica nos ritos e tradições culturais, como o candomblé. Um dado biográfico que realça essa proximidade: seu companheiro é brasileiro.
Se um grande escritor não se firma eternamente num determinado tema, será em alguns temas que certamente tiram de letra, mais que em outros. Fruto de uma experiência determinante com a escrita que foi quando assumiu entre 1993 e 1996 a redação da Marie Clarie portuguesa, Inês tem predileção pelos temas ligados à relação amorosa - os desencontros, a deficiência do sentimento amor na contemporaneidade bem como sua potencialidade nas vidas humanas, a solidão e outras feições, ditam a ordem, por exemplo, do enredo nos contos de Fica comigo esta noite, ou em Fazes-me falta e Os íntimos.
O ano de 2012 é significativo na carreira da escritora porque fecha o ciclo de duas décadas. A data é celebrada com a chegada de mais um título, Dentro de ti ver o mar. Atualmente foi vencedora por duas vezes do Prêmio Máxima de Literatura e finalista do Prêmio Portugal Telecom de Literatura. Formada em Comunicação Social, Inês Pedrosa iniciou sua carreira como jornalista em O jornal, passando por redações como as do Jornal de Letras e Expresso.
Além do livro de contos e dos romances aqui elencados, também publicou duas fotonovelas, Carta a uma amiga e Do grande e do pequeno amor e a Fotobiografia de José Cardoso Pires, a coletânea de biografias 20 mulheres para o século XX, o livro de entrevistas Anos Luz, o de crônicas Crónica feminina, o de viagem No coração do Brasil - seis cartas ao padre António Vieira e os infantis Mais ninguém tem e A menina que roubava gargalhadas, a antologia de poesia portuguesa Poemas de amor e a de contos Amizade.
Além do livro de contos e dos romances aqui elencados, também publicou duas fotonovelas, Carta a uma amiga e Do grande e do pequeno amor e a Fotobiografia de José Cardoso Pires, a coletânea de biografias 20 mulheres para o século XX, o livro de entrevistas Anos Luz, o de crônicas Crónica feminina, o de viagem No coração do Brasil - seis cartas ao padre António Vieira e os infantis Mais ninguém tem e A menina que roubava gargalhadas, a antologia de poesia portuguesa Poemas de amor e a de contos Amizade.
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