Capitães da areia, de Cecília Amado
Por Pedro Fernandes Todo filme produzido no Brasil, ainda é, para os seus produtores uma saga. Vou mais além: todo artista, para viver de arte por aqui, está condenado ao limbo, antes da morte. É fato que a humanidade tem se tornado mais tecnicista. E em terras tupiniquins o tecnicismo nascente deixa se contaminar por outro mal — a má formação cultural. Logo, com esse Capitães da areia , filme homônimo ao romance de Jorge Amado, que se sagrou na contramão do que disse antes sendo um dos escritores mais vendidos dentro e fora desse país, não foi diferente. Imagino que Cecília Amado não tenha herdado o bom santo que favoreceu as vendas de livros para o seu avô e deve ter sofrido o diabo para por nas telas o livro mais conhecido de Jorge. Não quero subestimar esse esforço, mas não quero me guiar por ele para tecer elogios falsos a um produto que é genuinamente brasileiro e que brota de uma obra das mais bem acabadas de Jorge Amado. Logo, antecipo, a conclusão, e digo q