Jorge Luis Borges na web
Por Pedro Fernandes O escritor pelas lentes de Paola Agosti. Quero antes dizer que sou analfabeto em Borges. Sim, analfabeto. Alguém que leu apenas alguns contos perdidos numa vasta obra como a desse senhor que fecha 112 anos nesta semana não me faz seu leitor. Além do que, precisaria, certamente, de ler pelo menos um terço daquele que se disse melhor leitor que escritor. A biblioteca de Borges, entretanto, é uma Babel. E devo levar uma longa vida – na assídua leitura – para aproximar-se daquilo que foi a biblioteca do escritor argentino. Pelo pouco que sei de Borges, sei que é um grande escritor. O que me faz repetir isso não é acrescentar um ponto na ladainha que a crítica repete em torno do seu nome. Nem quero reverenciar o mito de complexo, labiríntico. É sim para sublinhar o estranhamento que tive quando me deparei pela primeira vez com um texto de Borges. Foi “Pierre Menard, autor do Dom Quixote”, do livro Ficções , originalmente publicado em maio de 1939 na r