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Miacontear - O nome gordo de Isidorangela

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Por Pedro Fernandes Não é apenas no nome “Isidorangela” que traz um transbordamento de forma. Ela é gorda, “sobrada” de si mesma. “Ela e o planeta: dois círculos concêntricos. O 'Monumento'”. Num tom do riso - aliás, este é o conto mais leve de todo O fio das missangas -,  lemos um narrador às voltas com uma ideia fixa de um pai, que enxerga em Isidorangela, uma espécie de futuro promissor para o filho e claro (!) para própria família. Tudo isso porque a menina, “um algodão-de-açúcar, com seu vasto vestido de roda, toda em pregas rosáceas”, nada mais é, do que filha do presidente da câmara, o Dr. Osório Caldas. Esse conto carrega, na verdade, antes de passarmos ao tão famigerado plano do pai desse menino, traços muito marcantes do pensamento colonizado. A ideia da troca de favores, do jeitinho social para se dá bem na vida, o sentimento de inferioridade perante aos do topo e ainda os veios de um preconceito sob todas as faces - da cor, da linguagem, do corpo - estão aí