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Mostrando postagens de maio 10, 2011

Miacontear - Na tal noite

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Por Pedro Fernandes A bem da verdade, vale dizer que simpatizei e muito com Mariazinha, a protagonista de “Na tal noite”. Fazendo uma brincadeira de palavras com o substantivo “Natal” aqui partido em duas sílabas, “Na-tal”, para estabelecer um fio de duas pontas de sentido. “Natal,” a data de 25 de dezembro, a noite em que Mariazinha recebe, anualmente, a visita de seu “episódico” esposo, Sidônio Vidas, e a noite de uma dessas visitas, “na tal” noite ou na noite tal.  Esse Sidônio traz uma alcunha que o singulariza na narrativa; é ele dono de outras vidas, fora essa construída episodicamente com Mariazinha. Trabalha noutro país (supostamente) e lá também mantém família própria, certamente não-episódica como a de Mariazinha. Nas visitas anuais, tal esposo faz as vezes de Papai Noel. Enche os filhos de presentes. Mostra também por sobre a pobreza dessa família episódica a riqueza em que vive - seja na troca (anual) de carro, dos cordões de ouro que traz ao pescoço, dos anéis