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Miacontear - Meia culpa, meia própria culpa

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Por Pedro Fernandes Ilustração de Alan Carline. Fonte: Blog coletivo De chaleira Utilizando o tom confessional já impresso na máxima cristã (adaptada é verdade) que dá título ao conto, “Meia culpa, meia própria culpa” é o relato de Maria Metade - “meios caminhos, meios desejos, meia saudade”. A alcunha Metade  traz impressa as trilhas de sujeito errante. Mesmo sendo Metade, Maria não se conforma com essa situação que a realidade lhe impõe. E cria a outra metade da existência pelas vias do sonho - “Eu tinha a raça errada, a idade errada, a vida errada. Mas ficava no outro lado do passeio, a assistir o riso dos alheios. Ali passavam moças belas, brancas, mulatas algumas. Era lá que eu sonhava. Não sonhava ser feliz, que isso era demasiado em mim. Sonhava para me sentir longínqua, distante até do meu cheiro.” (p.41). Logo, o que essa personagem tem de diferente das personagens femininas que tivemos contato até agora em O fio das missangas é que esta não respeita a ordem impo