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Mostrando postagens de abril 11, 2011

Burroughs, assassino

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Por Jan Martínez Ahrens Não houve orifício de saída. A bala ficou alojada no cérebro de Joan. Ela caiu no chão e o copo que tinha sobre a cabeça rolou pela sala. Na mesa havia quatro garrafas vazias de gim Oso Negro e à sua frente um orifício de sete milímetros de diâmetro. Um buraco arredondado e escuro pelo qual William Seward Burroughs entrou de cheio na literatura. Aquele 6 de setembro de 1951, no número 122 da rua Monterrey, na Cidade do México, Burroughs acabava de matar com um só tiro sua companheira. Havia nascido com uma Star automática na mão, uma lenda do século XX. Burroughs, o homicida. O maldito por excelência. “Tudo me leva a atroz conclusão de que jamais haveria sido escritor sem a morte de Joan”, escreveria 34 anos depois. Nessa mesma tarde foi preso. O crime chegou às capas dos principais jornais. “Quis demonstrar sua pontaria e matou sua mulher”, dizia La Prensa . As fotos de primeira página mostram Burroughs, então com 37 anos, tentando esconder o rost