Sobre o III FLIPIPA
Por Pedro Fernandes
Ano passado tive o
privilégio de me instalar os três dias do evento, num albergue na Praia da
Pipa, e aproveitar dia após dia a programação do Festival Literário da Pipa.
Esse ano, pelo rol de atividades que estou a desempenhar nesse fim de mês – um encerramento
de semestre, um início de outro na Universidade e ainda mais a coorganização do
II Colóquio Nacional de Linguagem e Discurso – me fizeram está em total
desestrutura temporal para cumprir com uma agenda de discussões sobre
Literatura bastante extensa como foi a dessa terceira edição.
Mas, o senso de
curiosidade, o espírito de aventura e-ou certa vontade de sair da mesmice
urbana, levaram-me a última noite de sábado, 19 de novembro, à praia da Pipa.
Fui, num bate-e-volta como se costuma chamar por aqui, até o III FLIPIPA ver de
perto a estrutura nova do festival e passear ainda entre as mesas de Eucanaã
Ferraz e Rubens Figueiredo. É verdade, que os convidados desse ano não foram
estimulantes ao ponto dos que foram os do ano passado. Curiosidade mesmo só
tinha pelo filho da Sophia de Mello Breyner Andresen, o Miguel de Souza Tavares,
que deve ter aproveitado a estadia no Nordeste – antes o escritor esteve em
Olinda na FLIPORTO – e deu uma esticada até a ponta do mapa. Não que o escritor
seja merecedor dessa atenção toda, mas é que o tem sobre o qual ele discorreria
é uma dos que me intui academicamente: literatura e história.
A última noite de
FLIPIPA foi suficiente para dizer que o festival esse ano ampliou-se e não perdeu
a qualidade. Teve, certamente, uma grande aceitação pelo público, seja pela dimensão
que evento ocupa para o calendário de uma praia que só ganha a superlotação de
pessoas nos Réveillon e, não somente isso, encarna o espírito artístico ao ser
um evento que não se deixa contaminar (ainda) pelos níqueis castradores do
capital – apenas nos livros oferecidos pelo único stand de livraria presente
por lá. Mas, isso é outros quinhentos.
Fica, pois, a
expectativa para a edição de 2012 e queira está um tanto quanto mais livre a
fim de que possa repetir a façanha de 2010.
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