Quando a arte vira em pixels

A noite estrelada (1889), Van Gogh, uma das telas que podem ser vistas no Art Project do Google.


É verdade que o Google ("nosso pai", como muitos tem idolatrado toda vez que encontramos aquilo que achávamos impossível de ter aos nossos olhos) representou na criação de Gates também uma revolução. Desde que se firmou como simples mecanismo de buscas que o gigante do Vale do Silício tem sempre inovado e surpreendido seus usuários.

A novidade desta vez, depois da digitalização de livros (ato que ainda tem dado o que falar), é a de trazer ao alcance de um clique o que antes era restrito ao público viajado ou a raríssimos livros de arte. Há poucos dias, o Google lançou seu Art Project, uma espécie de Street View que proporciona a visualização de mais de mil obras de arte em alta resolução, além de visitas em 360º pelas galerias de 17 grandes museus do mundo.

Instituições como The Metropolitan Museum of Art e MoMA de Nova York, Museo Reina Sofia, da Espanha, e o francês Palace of Versailles abriram as portas à empresa que, ao longo de um ano e meio, fotografou algumas de suas obras e ambientes com definição que alcançou 7 bilhões de pixels, quantidade mil vezes maior do que a das câmeras digitais convencionais. Um trabalho riquíssimo que vem ainda acompanhado das fichas técnicas de cada obra, com biografias dos artistas e depoimentos em vídeo de estudiosos nos temas abordados. O visitante pode ainda criar suas próprias coleções virtuais e compartilhá-las com os amigos.

A novidade que se espalhou na web como rastilho de pólvora se complementa com outra: o Google informa que o projeto será ampliado e abrigará parte de outros acervos importantes – especula-se, inclusive, que o Louvre será um dos próximos museus a figurar nas paredes virtuais do Art Project. Aguardemos.

Para acessar a ideia, vá aqui.

* Texto copiado do blog da Cosac Naify.

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