Dalcídio Jurandir
Por Pedro Fernandes
Ligações a esta post:
>>> Leia sobre o romance Marajó.
* As notas para este texto foram coletadas do site Releituras. Na internet há um portal que trata do escritor e de sua obra. Este portal pode ser acessado aqui.
Dalcídio Jurandir. Foto do Blog do Dário Pedrosa |
Vejamos. Em várias entrevistas dadas por José Saramago - me reporto aqui à sabatina feita pela Folha de São Paulo quando o escritor português esteve pela última vez no Brasil para o lançamento do seu A viagem do elefante - ele, quando perguntado da literatura brasileira em terras lusitanas disse haver da parte de lá um total desconhecimento da obra e de escritores brasileiros,sobretudo, daquilo que se produz hoje. Vou mais além que português. A literatura brasileira chega muito mal aos ouvidos dos próprios brasileiros.
Aqueles mais aficcionados por garimpar novidades são os que têm um conhecimento mais amplo sobre nomes e obras. Mas isso se resume a 1% dos que se dão a estudar literatura. A literatura produzida na região Norte do país, por exemplo, é, para quem está no Nordeste (e vejam que geograficamente não estamos longe) uma total desconhecida. Fala-se de um Milton Hatoum e o restante de dedos na mão sobram.
Pois bem, não foi garimpando, mas sim lendo um texto do professor José Alonso Torres que dei pela obra de um nortista chamado por Dalcídio Jurandir. E, então tomei a liberdade de copiar alguns dados sobre a vida e a obra do escritor, para que este blog, seja mais um porto de divulgação sobre o desconhecido nome.
Nascido em Vila de Ponta de Pedras, Ilha do Marajó, Pará, em 1909, Dalcídio deixou uma importante e vasta obra literária. Não viveu toda sua vida no estado natal; esteve no Rio de Janeiro, cidade onde enfrentou muitas dificuldades. Para se ter uma ideia, Dalcídio ocupou trabalhos como o de lavador de pratos até conseguir um lugar como revisor na então revista Fon-Fon, onde foi colaborador sem remuneração.
Dalcídio Jurandir ao lado de Graciliano Ramos em viagem à Rússia |
Depois de desistir da vida no Sudeste do país, volta ao Norte; é quando escreve a primeira versão de Chove nos campos de Cachoeira, seu título mais conhecido. Passa, então, a colaborar com bastante frequência a vários jornais e revistas, como O imparcial, Crítica e Estado do Pará e, no ano seguinte, na Guajaramirim e A Semana.
Cedo, filiou-se ao Partido Comunista, posição que o levou por duas à prisão durante a Ditadura Militar: em 1936 e no ano seguinte.
Chove nos campos de Cachoeira é de 1941 é o primeiro título de uma série a qual intitulou Extremo-Norte e é composta ainda pelos livros: Marajó (1947), Três casas e um rio (1958), Belém do Grão Pará (1960), Passagem dos inocentes (1963), Primeira manhã (1968), Ponte do galo (1971), Os habitantes (1976), Chão dos lobos (1976) e Ribanceira (1978). Iniciou a série Extremo-Sul, mas só publicou Linha do parque, em 1959.
Postumamente, várias obras suas ganharam nova edição. O reconhecimento em vida veio com o recebimento do Prêmio Machado de Assis, pelo conjunto da obra, ainda em 1972.
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* As notas para este texto foram coletadas do site Releituras. Na internet há um portal que trata do escritor e de sua obra. Este portal pode ser acessado aqui.
Comentários
http://literaturasemfronteiras.blogspot.com/
Um beijo e boa semana.
Carmen.
Um abraço amigo e boa semana.
Carmen.