A pedra do reino, de Ariano Suassuna
Por Pedro Fernandes Li este romance ainda no período de minha Graduação em Letras. Ainda não estava contaminado por essa coisa que vai infestando a quem se debanda para a vivência acadêmica. A coisa que digo é a teoria. A necessidade de apelo ao jogo teórico que corrói e adoece as mentes acadêmicas. Era o período em que o tempo ainda me sorria. Encarar um catatau de mais de 600 páginas foi proeza rara só vencida quando tive diante de mim a leitura do Dom Quixote . Por falar nesse clássico da literatura universal, enxergo, guardando, é óbvio, as devidas proporções, muito do romance-epopeia de Cervantes. Já veremos o porquê. A pedra do reino foi publicado em 1970, e é até o presente, um romance cuja completude não é firme. Isso porque, o próprio escritor, ao comentar do projeto de escrita desse romance, assinala a existência de duas outras partes, compondo, assim, uma trilogia. Entretanto, nenhuma das duas vieram a público; fato justificado pelo esmero da dedicação que