Notas sobre o II Festival Literário da Praia da Pipa (FLIPIPA)
Por Pedro Fernandes Vista da Praia da Pipa A O visor do celular marca-me 8h da manhã. Era essa a hora que eu partia, no dia 18 de novembro, para uma das praias mais badaladas do litoral do Rio Grande do Norte. Praia batizada há muito, ainda pelos anos de mil e quinhentos e tanto, dado o formato de uma das falésias ser o de uma pipa (falésias, aliás, que povoam toda a praia). A praia tornou-se o destino turístico de todo aquele que vem a Natal. Vir a Natal e não ir a Pipa, não veio a Natal. Conhecida por além das belezas naturais, pela intensa noite, os dois elementos juntos só poderia culminar num espaço para promoção cultural. E se o tom salobre do mar e o calor do sol não são ingredientes para, dentro da cultura, a inserção da literatura, a ideia desfez-se. Pipa é já espaço ideal, justamente por estas características, para agregar discussões literárias. Em 2009, realizou-se o I Festival Literário da Pipa. Na agenda do evento, nomes importantes, como o da escritora Né