Fractais para uma leitura da constituição discursiva do romance Memorial do Convento, de José Saramago
Por Pedro Fernandes O termo fractal foi criado em 1975 por Benoît Mandelbort. A referência é de conceituar aqueles objetos cujo tamanho não se deixam caber nas definições tradicionais da geometria euclidiana. Esses objetos em suas partes separadas repetem padrões. Embora o termo não seja a questão, foi utilizado com esse sentido (conceitual) para a literatura de José Saramago, tendo em vista que, mesmo repetindo padrões já determinados pela ciência da literatura, sua obra constitui expressão singular que analisada em conjunto demonstra-se fabricada por elementos repetíveis : como por exemplo, seu estilo que atribuiu novas funções para o comportamento da sinalética narrativa. Além disso, o conceito de fractal é mesmo utilizado em algumas circunstâncias pela própria literatura desse escritor; veja-se o caso explícito do duplo em O homem duplicado ou das caracterizações espaciais em Todos os nomes . Sobre o aspecto arquitetônico aproveito para recomendar o excelente e