Salt, de Philip Noyce
Por Pedro Fernandes Uma volta aos maus da história americana. Parece que os inimigos reais americanos não fazem tanto sucesso assim e Hollywood volta aos vilões russos. O cenário é o de uma Guerra Fria à beira do estopim. Salt é o filme policial que consegue a força de muita ação e de um enredo interessante para o gênero, prender o fôlego do telespectador do início ao fim do filme. Na tela figura a ideia superficial ainda de uma bomba-relógio de programação retardada; últimos e raros exemplares de uma extinta KGB estão infiltrados na CIA, ocupam cargos de alta fiança, todos à espera do Dia X, o dia em que um curto grupo reativa as fagulhas do passado soviético ao império americano. Se no cenário atual Rússia e Estados Unidos vivem uma aparente lua de mel, para esse grupo aquele ódio do século passado permanece em estado lívido ao ponto de condensar-se. Nessa ideia superficial voltamos a nos assustar com a ideia da fragilidade humana que nos assustou em momentos como os do