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Mostrando postagens de junho 15, 2010

O Império dos Sentidos, de Nagisa Oshima

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Oshima já era um veterano quando realizou em 1976, este polêmico drama de alta carga erótica. O diretor, que estreou em 1959 no conjunto de jovens cineastas talentosos que constituiu o que se tornou conhecido como Nouvelle Vague japonesa, acumula 46 títulos em sua filmografia. Mas foi a repercussão de O Império dos Sentidos  que tornou seu nome mais conhecido nos países ocidentais. Na esteira de O Último Tango em Paris , feito por Bertolucci em 1972, Oshima narra os encontros sexuais de um casal, que evolui do prazer a jogos de poder e dominação que culminam em tragédia. Amor e destruição caminham acoplados até um ápice em que a comunhão entre os dois e o sentimento que os aproxima não se distingue da necessidade de um ser destruído pelo outro. Sexo e morte, desejo e aniquilamento atravessam cada cena, numa espécie de ritual sobre os mecanismos de perversão em que a questão moral é abolida para que o espectador seja exposto a forças que não constam em seus hábitos visuais.