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Mostrando postagens de maio 21, 2010

O realismo irónico

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Por Miguel Real Praticando um culto estilista da língua e sendo, com Mário Cláudio, um dos escritores vivos com mais amplo domínio de registo vocabular, seja clássico, seja moderno, Mário de Carvalho é possuidor de um vastíssimo leque de artifícios literários pelos quais encanta o leitor. Entre o anedotário, a paródia, a exploração surrealista da imaginação ( A inaudita guerra da Avenida Gago Coutinho , 1983; “Três personagens transviadas” e “Fenômenos da aviação”, in Contos vagabundos , 2001), o pastiche, o conto pícaro, a graça jocosa, a apologia e a parábola moralistas, mantém sempre uma admirável qualidade de escrita. Foi, porém, nas diversas modalidades do conto e do romance histórico ( Um deus passeando pela brisa da tarde , 1994) que Mário de Carvalho sobressaiu com uma impressionante mestria, seja enquanto criador de uma obra-prima do pícaro moderno ( Quatrocentos mil sestércios , 1991), seja enquanto cultor do conto histórico-romântico ( Conde Jano , 1991), no

Bom dia RN, da história de uma foto a uma coleção de livros

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Por Pedro Fernandes 1.  A foto apresentada acima data de 2006. Eu era quase recém-chegado a Mossoró e ao curso de Letras. Estou à saída do Teatro Lauro Monte Filho, situado na belíssima Praça Vigário Antônio Joaquim. Aqui uma curiosidade: a praça que se situa entre o teatro e a Catedral de Santa Luzia, apesar do nome, abriga um conjunto de estátuas que celebram Dix-Sept Rosado. Sim, a oligarquia está em toda parte. Na foto, não dá para ver as estátuas - é noite e a câmera do celular não faz milagres - mas o conjunto arquitetônico está bem atrás de mim.  2.  Por este ano e desde o ano anterior, 2005, circulava pelo Rio Grande do Norte um ciclo feito de um conjunto de vozes interessado por colocar em órbita discussões acerca das mais variadas manifestações históricas, culturais e literárias potiguares. O nome do projeto de seminários, Bom Dia. Agregou mais de uma centena de professores, jornalistas, intelectuais, políticos, mestres e doutores, pesquisadores, testemunhas e vivente