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Mostrando postagens de maio 13, 2010

Era bom que trocássemos umas ideias sobre o assunto, de Mário de Carvalho

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Se pararmos para pensar a nossa vida e o cotidiano dela, sobretudo os modos de vidas e as ações triviais; se pararmos para pensar o modo como nos tornamos sujeitos... Eis a tentativa bem alcançada de Mário de Carvalho, escritor português que descubro agora nessa seara pós-José Saramago. A edição sobre a qual faço essas breves notas foi publicada no Brasil há cinco anos pela Companhia das Letras. Se formos atribuir um perfil temático a este romance –  Era bom que trocássemos umas ideias sobre o assunto (frase-clichê de uma secretária personagem do livro) é nisso em que se resume: a vida e o cotidiano. Pode ser que, à primeira vista não tenham a universalização construída pelo romance contemporâneo, porque estamos numa Lisboa pós-ditadura que se metamorfoseia no corpo de uma personagem, o Joel Strosse. Mas, é só questão de avançarmos com a leitura para vermos que a trivialidade dessa capital portuguesa diz um tanto da minha trivialidade de leitor afasto alguns mil quilômetros que