Cal, de José Luís Peixoto
Por José Luís Foureaux Cal , de acordo com o Dicionário Houaiss, é um substantivo feminino: pó branco constituído principalmente de óxido ou hidróxido de cálcio, usado na construção civil, em fluidos de perfuração, em cerâmicas, na clarificação de óleos, em tintas, revestimento contra fogo, tratamento de água, na manufatura de papel, como adstringente, etc. Qualquer produto (pulverulento, pastoso etc.) resultante da hidratação da cal virgem. Etimologicamente, a palavra vem do latim vulgar – cals (derivado do acusativo) que, por sua vez, vem do latim calx , calcis – cal, pedra de cal, com origem no grego kháliks ; provindo pelo espanhol cal. A viagem é longa. De tudo fica um pouco: logo, pode-se acreditar quando dizem que “cal queima”! A ideia de fim, de morte, de consumição, não passa ao largo quando se pensa nessa palavra. Pensar na palavra, pensar com a palavra. Isso é poesia! É isso o que faz José Luis Peixoto em seu livro Cal . Título sugestivo, sui generis ,