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Mostrando postagens de fevereiro 1, 2010

Eugénio de Andrade

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Passamos pelas coisas sem as ver, gastos, como animais envelhecidos: se alguém chama por nós não respondemos, se alguém nos pede amor não estremecemos, como frutos de sombra sem sabor, vamos caindo ao chão, apodrecidos. Se vivo estivesse o poeta português completaria neste ano de 2010 87 anos de vida. Nascido, portanto, em 1923, em Póvoa de Atalaia, Fundão, Eugénio de Andrade, depois de passar por Castelo Branco, Lisboa, Coimbra, para, e encontra lugar de residência no Porto. Portador de um curso de Filosofia incompleto, escolheu a poesia como modo de escrita e de vida; trabalhos que viriam certamente marcados pela presença de outras vozes poéticas como as de Guerra Junqueiro e António Botto, escritores que o fizeram se decidir pelos territórios da literatura. Entretanto, não foram apenas estes os que seriam, usando dos termos do crítico Harold Bloom, seus pais poéticos. Também a lírica galego-portuguesa e o simbolismo agudo de Camilo Pessanha é presença consta