A maçã no escuro, de Clarice Lispector
Por Pedro Fernandes Nas visitas constantes às livrarias neste período de férias tenho visto uma febre chamada Clarice Lispector. Ela está nas prateleiras mais visíveis. Desde a razoável biografia do estadunidense Benjamin Moser passando pela excelente fotobiografia organizada pela brasileira Nádia Battella Gotlib e pela publicação dos primeiros textos da escritora como a reunião de textos Só para mulheres - conselhos, receitas e segredos e Correio feminino até a reedição de sua obra. Clarice Lispector também já deve ocupar ao lado de Machado de Assis a cadeira daqueles escritores mais bisbilhotados pela crítica. Pois bem, nostalgicamente me volto para uma velhinha edição de 1978 da escritora que recuperei dos escombros do que era uma biblioteca. Na época de meu início de adolescência escrevia versos beberrões que despencavam altas horas da madrugada no meio de meus sonos entrecortados pelas fantasias amorosas. Ainda não conhecia Clarice. Dela, apenas linhas dos livros