Avatar, de James Cameron
Por Pedro Fernandes Um filme de riqueza visual sem precedentes. O cenário fictício de Pandora, onde se processam as cenas de Avatar , do diretor de Titanic , James Cameron, é a marca central do filme. Não há um enredo muito elaborado; do contrário, é leve, simples e comum - típico de roteiros hollywoodianos para pequenos filmes: a rivalidade entre bem e mal, sem lugares delimitados; um romance que desabrocha do meio para o fim da película; e só. Mas o que chama atenção no filme além da avalanche visual e também sonora está fora dos efeitos especiais e do caudal de cenas de aventura. Reside no que muitos chamarão de mensagem pedagógica e que eu prefiro chamar de alerta que este filme transmite: num eventual fim de nossa civilização, como cada vez mais se confirma, o grande responsável de tudo é o próprio homem. Avatar é uma narrativa sobre a descrença na capacidade humana de reversão de seu estágio atual. Num momento em que parte da ciência não acredita mais em salvação