Tropa de Elite 2, de José Padilha
Por Pedro Fernandes
Já não havia ido bem com a cara do primeiro. E desse segundo então, me perdoem os milhões de expectadores que já foram ao cinema e aplaudiram o Capitão Nascimento, não gostei mesmo. Tropa de Elite 2 assume uma face daquilo de pior que podemos ser - a face do embrutecimento dos corpos e da substituição do humano por androides de carne, osso, arma e violência.
Não que se trate de um filme de apologia à violência, mas é um filme que extrapola o limite do homem como homem e isso é ruim. E não venha me dizer que o que se vê nele é o retrato real daquilo que se tornou o Brasil, sobretudo o Rio de Janeiro. Nem sempre o real é aquilo que se vê e o Tropa de elite 2 mais me pareceu uma encenação do itinerário da violência que está diariamente estampado nos telejornais. Parece que depois de aprendermos a filmar favelas e tiras estamos fadado a esse círculo.
Não que se trate de um filme de apologia à violência, mas é um filme que extrapola o limite do homem como homem e isso é ruim. E não venha me dizer que o que se vê nele é o retrato real daquilo que se tornou o Brasil, sobretudo o Rio de Janeiro. Nem sempre o real é aquilo que se vê e o Tropa de elite 2 mais me pareceu uma encenação do itinerário da violência que está diariamente estampado nos telejornais. Parece que depois de aprendermos a filmar favelas e tiras estamos fadado a esse círculo.
Assisti ao filme ainda na sua estreia. Sessões lotadas. E tanto é o público que o filme ainda se agarra na maior parte das sessões ainda em cartaz. Mas toda essa fúria do público pela obra de José Padilha tem justificativa: o público brasileiro para cinema ainda é tão imaturo quanto o Tropa de elite 2. E mais: trata-se de um filme que explora e muito (e lembro aqui do Chico Xavier) os recursos para novela das oito.
Acho que a ideia de crítica social - que talvez fosse o interesse do diretor do filme - perde-se no meio do caminho e acaba ficando em segundo plano. Não havemos de negar que a produção dessa segunda edição em relação a primeira é irretocável. Nesses termos, Tropa de elite 2 pode ser colocado no rol dos grandes filmes nacionais. Mas é só.
A profundidade da obra, principalmente quando se adentra no cenário político nacional, é por demais teatralizada. O aplauso fica apenas para o Wagner Moura que sai da caricatura ocupada no primeiro filme e nesse segundo é ele o próprio Capitão Nascimento, mesmo que com a marca de um power ranger. Esse, vai para aquela lista de Alguns dos filmes não brilhantes mas que carecem de um comentário.
Acho que a ideia de crítica social - que talvez fosse o interesse do diretor do filme - perde-se no meio do caminho e acaba ficando em segundo plano. Não havemos de negar que a produção dessa segunda edição em relação a primeira é irretocável. Nesses termos, Tropa de elite 2 pode ser colocado no rol dos grandes filmes nacionais. Mas é só.
A profundidade da obra, principalmente quando se adentra no cenário político nacional, é por demais teatralizada. O aplauso fica apenas para o Wagner Moura que sai da caricatura ocupada no primeiro filme e nesse segundo é ele o próprio Capitão Nascimento, mesmo que com a marca de um power ranger. Esse, vai para aquela lista de Alguns dos filmes não brilhantes mas que carecem de um comentário.
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