Par perfeito, de Robert Luketic

Por Pedro Fernandes

O casal enche os olhos deles e delas, mas o filme é muito ruim.

Só mais uma história de amor. Básica. Jen (Katherine Heigl), conhece o homem perfeito, Spencer (Ashton Kutcher). Ele bonitão, educado e inteligente. O cenário em que se dá o encontro: Nice, paraíso francês. O que Jen não sabe é que Spencer ganha a vida como matador de aluguel.

E se o sonho dele é escapar dessa vida sossegada e o dela sair dessa vida sossegada e, fazendo jus a máxima de que os opostos se atraem, eles findam se casando. O casamento dos sonhos até que em uma manhã, quando se dá início um roteiro de perseguição: o casal descobre que é alvo de um golpe milionário. O filme que parecia findar por aí com os pombinhos felizes, torna-se de num labirinto muito mal armado (é bom que se diga) em que a vida dos dois acaba por se transformar num jogo de vida ou morte.

E finda aí. A nível de enredo não devemos negar que Robert Luketic ensaia bem sair da rotina das comédias românticas. E sai. Compõem um misto de romance, com ação e suspense. Mas não faz nada demais. O filme acaba por se transformar numa monotonia que só é quebrada pelas constantes entradas da mãe de Jen - sempre em alto grau de embriaguez. Mas é só. Vai este para o rol daqueles filmes a quem chamo de não entram para alguns filmes brilhantes, mas carecem de um comentário.


Comentários

AS MAIS LIDAS DA SEMANA

A poesia de Antonio Cicero

Boletim Letras 360º #607

Boletim Letras 360º #597

Han Kang, o romance como arte da deambulação

Rio sangue, de Ronaldo Correia de Brito

Boletim Letras 360º #596