Fantasia (vários diretores)



O projeto de Walt Disney era ambicioso: unir animação e música erudita e ainda tentar recuperar a popularidade de seu personagem mais importante, Mickey Mouse, que havia perdido prestígio na década de 1930. A idéia inicial era um curta estrelado pelo rato, O Aprendiz de Feiticeiro. Acabou sendo expandida e se transformou em Fantasia, longa composto de oito segmentos independentes em que as animações são acompanhadas de obras-primas de Beethoven (Sexta Sinfonia, também conhecida como Pastoral), Schubert (Ave Maria) e Stravinsky (A Sagração da Primavera), entre outros. A regência ficou a cargo do maestro inglês Leopold Stokowsky.

As oito histórias são variadas. Vão desde a reinvenção das quatro estações do ano até a Teoria da Evolução, passando por mitos gregos, balé, demônios em noite de Halloween, uma procissão religiosa e as desventuras do aprendiz vivido por Mickey. Tanta ambição não foi suficiente para transformar o longa em sucesso, tendo sido considerado pela crítica e público pretensioso e enfadonho, na época. O fracasso e o alto custo de produção sepultaram os planos dos Estúdios Disney de realizar um relançamento de Fantasia a cada ano, trazendo sempre uma nova sequência.

O filme foi o primeiro da história a utilizar tecnologia estereofônica - em que o som é dividido por canais. Foi lançada uma nova versão em 1999 intitulada Fantasia/2000.

Trabalharam no filme de 1940, como diretores James Algar, Samuel Armstrong, Ford Bebe, Norman Ferguson, Jim Handley, T. Hee, Wilfred Jackson, Hamilton Luske, Bill Roberts, Pauls Satterfield e Ben Sharpsteen.

* Revista Bravo!, 2007, p.104.

Comentários

AS MAIS LIDAS DA SEMANA

A poesia de Antonio Cicero

Boletim Letras 360º #607

Boletim Letras 360º #597

Han Kang, o romance como arte da deambulação

Rio sangue, de Ronaldo Correia de Brito

Boletim Letras 360º #596