Tudo sobre minha Mãe, de Pedro Almodóvar
Em homenagem ao universo feminino, consagrado diretor espanhol fala de perdão e da relação entre pais e filhos As mulheres sempre ofereceram um pilar de sustentação ao cinema de Pedro Almodóvar: fortes, passionais, vingativas, elas são o veículo pelo qual o espanhol expõe seu humor exótico, os fetiches e desejos, as lembranças de infância. Talvez em nenhum outro momento elas tiveram maior destaque do que em Tudo sobre minha Mãe , obra da fase madura e melancólica, marcada por melodramas. O período teve início com A Flor do meu Segredo (1995) e Carne Trêmula (1997) e prosseguiu com o dolorido Fale com Ela (2002), o sombrio Má Educação (2004) e o recente Volver (2006). Na trama, Almodóvar reúne um pouco de almas (femininas) desorientadas e tece um drama delicado sobre o relacionamento entre pais e filhos, a autodestruição (e a subseqüente volta por cima) e o perdão. Manuela (Cecilia Roth) leva seu filho Esteban (Eloy Azorín) para comemorar seus 17 anos assistindo a um