Dostoiévski para as telas
Por Manuel da Costa Pinto O Crime e castigo , de Aki Kaurismäki. Dos livros de Dostoiévski, o mais adaptado para o cinema é Crime e castigo , certamente por causa da trama detetivesca e dos diálogos envolventes entre o protagonista Raskolnikov e o juiz de instrução Porfiri Pietróvitch. A trajetória começa com os clássicos homônimos estrelados por Peter Sorre em 1935 (direção de Josef von Sternberg) e Jean Gabin, que na versão francesa dirigida por Georges Lamin em 1956, faz o papel de Porfiri. A lista inclui a versão em desenho animado, feita em 1953 pelo japonês Osamu Tezuka (o mestre dos mangás), e uma adaptação livre, algo maneirista, feita no Brasil pelo diretos Heitor Dhalia e pelo escritor Marçal Aquino: Nina (2004), longa no qual Raskolnikov se transforma na garota desajustada do título (interpretada por Guta Stresser), que vive num quarto de aluguel e é explorada por uma rabujenta senhora (Myrian Muniz). Uma asfixiante versão, que investe menos na trama polic