Doze livros fundamentais da poesia brasileira
Costuma-se dizer que, no Brasil, de louco e poeta todo mundo tem um pouco. E tanto é verdade que não precisa ser um leitor de poesia para saber que este é um dos gêneros mais praticados por aqui; está em toda parte e todo mundo, mesmo quem nunca terá se aventurado na oficina do verso, conhece alguém que o faz ou mesmo já publicou livro. E há uma série de especulações possíveis para o fenômeno: um deles, é a dada graças à própria língua. A proximidade entre oralidade e escrita no português é, certamente, um dos fatores favoráveis à alta estatística de criação poética; outro, o primitivismo do gênero – isto é, por mais que o poema cada vez mais se assuma como um texto fabricado e que exige longo tempo de estudo e de leituras ainda se tem a noção de que para fazê-lo é suficiente está munido de uma força subjetiva, seja qual for, e traduzir esses estados para o papel; mais outro, e esse de cunho mais universal, todos passam em alguma vez na vida por estágios de profunda trans