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Literatura e necessidade

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Por Pedro Fernandes “E por causa dessa qualidade eterna, dessa imponderabilidade, eu vejo que, para a humanização, a arte está no mesmo caminho da mística ou da fé religiosa; ambas as experiências são independentes da razão; são experiências; a beleza é uma experiência e não um discurso.” Tomaremos dessas palavras da poeta Adélia Prado como epígrafe a este texto. A literatura contemporânea passa por uma fase em que pelo conglomerado e aclimatação das estéticas, temáticas e formas eclode uma produção que reitera, ou pelo menos deveria reiterar, o olhar do leitor perante novas dimensões. No calor dessa fase, reaparece a pergunta já clássica que sempre esteve presente e permanece mais viva ainda quando desse momento pós-engagée , levado a cabo pelos escritores nas décadas anteriores. É a comum pergunta que prima por uma “função” da arte e seu caráter reside de algo que fora muito em voga ainda na Idade Média, em que, sob os escafandros da Igreja, primava-se por uma arte cuja mi