O Último Tango em Paris, de Bernardo Bertolucci
Marlon Brando e Maria Schneider entregam-se ao sexo anônimo em obra que provocou escândalo em sua época O erotismo havia feito aparições em outros filmes, como nos de Shonei Imamura nos anos 1960, mestre da Nouvelle Vague japonesa, mas nunca de forma tão emblemática como em O Último Tango em Paris , onde o sexo finalmente encontrou o cinema de arte. Obra assinada por Bernardo Bertolucci, causou escândalo coletivo, foi banida da Itália entre 1976 e 1987, tesourada após sua estréia em 1973 nos Estados Unidos e tornou-se a grande pauta da imprensa da época. Isso, com cenas nada explícitas e que hoje certamente não chocariam nem os mais desavisados. Um dos motivos da comoção foi o nome de Bertolucci, que ganhara chancela de autor "high art" (alta arte). Outro, mais decisivo, era a presença de Marlon Brando, que mesmo com sua rebeldia revolucionária fizera carreira dentro do grande cinema americano. Assim, um choque ver aquele astro de Hollywood como Paul, um amargo viúvo, b