Fogo Morto, um romance de decadências
Por Pedro Fernandes Confesso que estive certo tempo afastado da literatura brasileira, que, tanto li desde meados de minha adolescência e na faculdade. Mas, se a memória não me trai agora, o último que eu li foi Capitães da Areia , de Jorge Amado, sobre o qual redigi um artigo, que por sinal (faz bem tocar no assunto) ainda não achei conveniente torná-lo público. Foi quando me debandei para a literatura portuguesa, mais especificamente (os que me conhecem, sabem) por causa de José Saramago - nele tenho concentrado minhas energias seja na leitura da obra completa desse escritor, seja na de outros referidos por ele. Aliás, devo a Saramago minha redescoberta de Jorge Amado, porque quando li alguns dos seus romances, inclusive Capitães , fui inconsequente de me guiar pelo sectarismo da crítica literária que os professores nos dão em altas doses na faculdade. Com uma disciplina no mestrado, tive de voltar a algumas lacunas de leitura da nossa literatura e foi quando li Fogo Morto , de J