Arthur Miller, a consciência do teatro estadunidense do pós-guerra
Por Juan Bravo “Considero o teatro um negócio sério, que faz ou deveria fazer o homem mais humano, isto é, menos sozinho”. São palavras de Arthur Miller, um dos grandes dramaturgos do século XX – “o melhor”, escreveu o tcheco Vaclav Havel. Nasceu em Nova York, a cidade que serviu de inspiração para toda sua obra, no dia 17 de outubro de 1915. Em seu legado figura um punhado de obras para o teatro que marcaram o futuro da cena internacional: “Todos eram meus filhos”, “A morte de um caixeiro-viajante”, “As bruxas de Salém”, “Um panorama visto da ponte”, “O preço”, as que deram origem ao roteiro do filme Os desajustados . O mesmo se pode dizer de sua vida pessoal, marcada pelas relações com figuras como Marilyn Monroe e com a fotógrafa Inge Morath. Arthur Miller é o “grilo falante” na consciência estadunidense do pós-guerra, um dos mais precisos dissecadores da alma humana e um hábil fabulador de histórias. Sua máquina de escrever se aloja na consciência como se fos