José de Alencar
Em 1856 saía publicado A confederação dos Tamoios , poema do escritor Gonçalves de Magalhães. Quase que em paralelo saía uma crítica de um desconhecido. Assinava-se Ig. “[...] se algum dia fosse poeta, e quisesse cantar a minha terra e as suas belezas, se quisesse compor um poema nacional, pediria a Deus que me fizesse esquecer por um momento as minhas idéias de homem civilizado. Filho da natureza embrenhar-me-ia por essas matas seculares; contemplaria as maravilhas de Deus, veria o sol erguer-se no seu mar de ouro, a lua deslizar-se no azul do céu; ouviria o murmúrio das ondas e o eco profundo e solene das florestas. E se tudo isso não me inspirasse uma poesia nova, se não desse ao meu pensamento outros vôos que não esses adejos de uma musa clássica ou romântica, quebraria a minha pena com desespero mas não a mancharia numa poesia menos digna de meu nobre país.”* Ig era José de Alencar. E esse texto daria início a uma das mais acaloradas polêmicas da ainda nascente lite